Ao longo da história, poucos investimentos têm rivalizado com o ouro em termos de popularidade. Em períodos conturbados como o que atravessamos, com a inflação a atingir valores incomportáveis e as convulsões políticas, económicas e militares atuais, o metal amarelo é um refúgio seguro para os investidores, que têm, também em Portugal, cada vez mais opções de compra de ouro para além da física, como a compra de ações, EFTs, negociação de opções e contratos de futuros.
Uma inflação recorde em várias décadas e um clima geopolítico e económico de grande instabilidade não parecem ser boas alturas para grandes investimentos. No entanto, é precisamente nos tempos de maior adversidade que o ouro se torna no ativo mais apetecível, pois o seu preço correlaciona-se de forma negativa com os dos mercados accionistas. Investir em ouro é uma excelente oportunidade para os que procuram diversificar o seu portfólio e dispõem, assim, de uma espécie de “porto seguro”, mesmo nas alturas de maior volatilidade nos restantes mercados. Por outro lado, é possível verificar que, ao longo dos anos, o ouro muito raramente esteve em queda durante períodos de tempo muito prolongados.
No entanto, é importante ter em mente o facto de que todos os tipos de investimentos apresentam riscos, e o ouro não é exceção. A curto prazo, esta commodity pode ser também muito volátil, sendo uma melhor opção para quem quer investir a longo prazo. Saber como negociar ouro online implica também uma análise ponderada dos instrumentos ao dispor.
Principais formas de investir em ouro
Investir em ouro online apresenta vantagens face ao investimento em ouro físico, como a compra de barras, moedas ou até joalharia. A aposta no ouro desmaterializado permite-vos começar com valores mais reduzidos e, dependendo das vossas preferências e aptidão para o risco, podem escolher entre compra direta nas bolsas, compra de ações, ETFs, CDFs ou produtos financeiros de maior complexidade. Os especialistas defendem que, independentemente do método escolhido, não se deve alocar mais de 10% do total de um portfólio de investimentos a esta matéria-prima.
Um mercado em recuperação
A economia global encontra-se numa curva descendente, mas como vimos, para quem investe em ouro, isso pode ser uma boa notícia. Com o fantasma da recessão de volta, prevê-se que, nos próximos tempos, os bancos centrais abrandem as subidas de juros (que tanto têm afetado as famílias portuguesas), o que tem ajudado a uma recuperação do ouro, motivada também pela perda de força do dólar (a moeda em que o ouro é negociado) e o alívio dos máximos das yields das obrigações.
O mercado do ouro é difícil de dominar, e por isso, manterem-se informados e consultar fontes credíveis e atualizadas é essencial. Em Portugal, a compra e venda de ouro é regulada pelo Decreto de Lei n.º98/2015, cuja consulta é aconselhada. Não existem fórmulas milagrosas – se estão a dar os primeiros passos nesta área, dediquem tempo suficiente a estudar os principais instrumentos disponíveis, acautelando os principais riscos e alinhando-os com o vosso perfil de investidor e objetivos. Só assim irão garantir o sucesso dos vossos investimentos.
