Huawei Mate Xs é o segundo dobrável da marca chinesa

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Depois do Huawei Mate X, que não chegou a sair praticamente da China, surge a nova tentativa da marca chinesa no mercado dos dobráveis. Chama-se Mate Xs, tem características de topo e, claro, um preço a condizer.

Comecemos pelo ecrã OLED, que é de plástico e, lá está, dobrável, de oito polegadas em modo aberto (é um tablet, vá) e, quando fechado, tem um ecrã principal de 6,6 polegadas e um secundário de 6,38″. Para que tudo funcione, existe um dobradiça mecânica, que surge com um novo design.

Recorde-se que o Huawei Mate X foi o primeiro smartphone onde foi implementado o design Falcon Wing, que apresenta mais de 100 peças interligadas que trabalham para reforçar o ecrã. Este sistema, desenvolvido com um metal líquido à base de zircónio, está agora mais resistente, possibilitando que o ecrã dê uma volta completa de 180 graus.

Dobradiça arrumada, é tempo de destacarmos o ecrã. A Huawei refere que não só que o seu ecrã está “equipado com uma inovadora estrutura de polímero de duas camadas”, como salienta apresentar uma técnica pioneira na produção deste ecrã dobrável, que adere a duas camadas de poliamida de grau aeroespacial com um adesivo opticamente claro.

Na prática, é um material exclusivo que, segundo a marca chinesa, “permite que o ecrã apresente uma excelente qualidade de imagem, saturação e brilho, garantindo um elevado grau de durabilidade”.

Além disso, a empresa refere ainda que o Huawei Mate Xs “inclui um sistema de refrigeração de Flying Fish Fin que foi desenhado para corresponder à forma do dobrável”. Na prática, este sistema “utiliza grafeno flexível com fendas microscópicas o que permite que se dobre juntamente com o dispositivo, revestindo toda a área da superfície para um processo de refrigeração uniforme e eficaz”.

Embora pareça tudo espetacular no papel, é preciso que os detalhes façam a diferença numa utilização diária. E nos poucos minutos que tivemos com ele, ficámos bastante agradados. Como tem um design diferente graças ao módulo de câmaras (já lá vamos), o equipamento não fecha totalmente, fazendo-nos lembrar o Motorola Razr. Mas isso não é, de todo, problemático.

Ainda não tivemos oportunidade de mexer no Galaxy Z Flip, mas, em comparação com o Galaxy Fold, este Huawei Mate Xs é muito mais suave, pelo que o sistema de dobra não parece tão forçado quando o fechamos e abrimos. Aliás, quando se fecha, existe aquele click satisfatório, dando-nos a indicação de que está pronto a ser utilizado como um smartphone normal. Quer isto dizer que a dobra fica presa por um fecho físico que pode ser desapertado à vontade através de um botão acessível na barra lateral.

De resto, o design é praticamente idêntico ao modelo anterior. Mas uma coisa é certa: quando internamente existem mudanças, aí sim, o design até pode ser o mesmo, que o equipamento acaba por ganhar uma “nova vida”.

No que toca a especificações técnicas, vem com um processador octa-core Kirin 990 5G, memória RAM de 8GB, memória interna de 512GB, bateria de 4500 mAh com carregamento rápido de 55W (supostamente carrega 85% em 30 minutos) e um total de quatro câmaras: câmara principal de 40MP (grande angular, f / 1.8), câmara de 16MP de ultra grande angular (f / 2.2), câmara telefoto de 8MP (f / 2.4, OIS) e uma câmara com um sensor que deteta a profundidade 3D. O sistema de câmaras suporta uma combinação de OIS e Estabilização de imagem assistida por IA e zoom híbrido até 30X.

Claro, é quando está aberto que o Huawei Mate Xs alcança todo o seu potencial, uma vez que suporta o formato multi-windows, que faz com que duas aplicações possam ser visualizadas lado e lado e interagir ao mesmo tempo. Imaginem que querem transferir texto, imagens ou documentos de uma aplicação para outra. É fácil, basta arrastar e soltar.

Além disso, quando duas aplicações são abertas em simultâneo, os utilizadores podem iniciar uma terceira app recorrendo a uma janela flutuante (surge em formato pop-up, vá), que pode ser usada para executar pequenas tarefas, como responder a mensagens de texto sem ter de sair das apps atualmente iniciadas.

Porém, o equipamento tem dois grandes problemas: preço e ausência de Google Mobile Services. Como se sabe, a marca e os Estados Unidos continuam de costas voltadas, o uqe faz com que os dispositivos da marca não possam utilizar serviços americanos, como os da Google. Logo, ao comprarem o Mate Xs, preparem-se para não ter Gmail, YouTube e todas essas ferramentas que hoje em dia são indispensáveis para os utilizadores.

Para combater esta machadada, a Huawei aposta na sua App Gallery, que vai tendo cada vez mais conteúdo, mas que ainda não é suficiente para justificar o investimento.

Sim, investimento. O Huawei Mate Xs vai chegar às lojas no final do mês de março pelo preço proibitivo de 2.499€.

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