Greve da CP causa confusão após concerto dos D’ZRT

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A supressão do único comboio com destino fora da área metropolitana de Lisboa transformou aquela que deveria ter sido uma noite de festa num pesadelo na altura de voltar a casa.

A viagem ao passado oferecida pelos D’ZRT teve ontem, 30 de abril, a sua segunda paragem no Altice Arena. Milhares de fãs entoaram as icónicas canções da icónica banda da sua infância num concerto emocionante e energético. Um misto de emoções, em poucas palavras. O Echo Boomer esteve lá e, em breve, vão poder ler a nossa análise.

O concerto começou perto das 21h e durou até cerca das 23h15. Infelizmente, a essa hora – horário normal para o término dos espetáculos – alguns dos fãs que moram fora da área metropolitana de Lisboa têm apenas três hipóteses: ficar a dormir na capital, voltar de carro para casa ou aguardar pelo comboio regional com partida às 00h25 na Gare do Oriente, com destino ao Entroncamento.

Apesar do resultado líquido positivo que afirmam ter tido no ano passado, os serviços da CP – Comboios de Portugal continuam a suscitar imensas queixas por parte dos funcionários, o que dá origem a incessantes greves, mas também dos passageiros. A noite de ontem não fugiu à regra, e de entre centenas de pessoas, nós também fomos afetados.

Uma noite que deveria ter sido de festa terminou muito mal para centenas de pessoas que viram o comboio regional que referimos a ser suprimido. Perto das 23h30, cerca de uma hora antes da suposta paragem do comboio, os ecrãs na estação já informavam os passageiros da novidade, o que originou uma onda de revolta e um pequeno “acampamento” até ao próximo comboio que pudesse levar as pessoas a casa. Mas a supressão do comboio regional não foi a única coisa a gerar consternação diante dos passageiros.

Segundo apurámos com um segurança do espaço, a situação não é nova, tendo-se repetido todas as noites nas últimas duas semanas: a supressão do comboio regional das 00h25 e dezenas de pessoas sentadas pelo chão, visivelmente afetadas, à espera de uma solução. Contudo, a mesma fonte aconselhou-nos a procurar um sítio onde ficar nessa noite, devido à insegurança que se faz sentir na estação, e a voltar às 6h30, horário de abertura das bilheteiras, para procedermos à troca do bilhete para outro comboio, apesar de não estarem, de todo, garantidos.

Outro problema que surgiu, e talvez ainda o mais grave, prende-se com a insistência na venda de bilhetes para uma linha que tem sido suprimida nos últimos tempos, que foi exatamente o que nos aconteceu e que, de acordo com o segurança com quem falámos, tem acontecido sistematicamente.

Durante a tarde comprámos através da app oficial da CP o bilhete para o comboio com destino ao Entroncamento, e em momento algum houve impedimento, o que faz com que agora seja necessário proceder ao pedido de reembolso. No dia anterior tentámos comprar o bilhete para um comboio Intercidades para o início da tarde e automaticamente foi-nos mostrado um aviso de que tal não estaria disponível. Na grelha disponibilizada pela empresa, com a lista de comboios afetados pela greve, o comboio regional 4401, com partida em Lisboa Stª Apolónia pelas 00h15 e chegada ao Entroncamento pelas 02h01, aparece, efetivamente, como suprimido, o que aumenta o desagrado dos clientes pelo facto da CP insistir em vender bilhetes para um comboio que já sabiam que não iria passar.

Recordamos que as últimas duas semanas foram recheadas de grandes concertos no Altice Arena, como o regresso dos D’ZRT, Richie Campbell ou Hybrid Theory. Acreditamos que milhares de pessoas tenham passado pela mesma situação e, até agora, não há qualquer justificação ou pedido de desculpas por parte da CP. Hoje ainda e amanhã vão decorrer mais dois concertos dos D’ZRT, dia 13 de maio é Hans Zimmer a subir ao palco e 19 de maio é a vez dos Excesso voltarem após longos anos de pausa. Aconselhamos a optar por outras soluções para regressarem a casa que não o comboio.

Ainda com o concerto na ideia, é certo que a CP não nos faz querer voltar, mas, infelizmente, não podemos dizer “para mim tanto me faz” aquando da escolha de outro meio de transporte para o regresso a casa e vamos ter de continuar a optar pelo comboio se queremos estar em casa após o concerto.

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7 Comentários

  1. O problema não é a CP, são os comunistoides que lá trabalham, ou fingem que trabalham. Raça de víboras malditas!

  2. No domingo eu era para vir para casa as 17.45h e esse comboio (17.45h) tambem foi suprimido
    Só vim no comboio das 18.45h e cheguei a casa às 20.30h porque o comboio vinha avariado

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