GreenH2Atlantic, projeto de produção de hidrogénio verde em Sines, ganha estatuto de Potencial Interesse Nacional

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Central terá uma capacidade de produção de hidrogénio verde de 100 MW a partir de 2025 na antiga central de produção elétrica a carvão de Sines da EDP.

O projeto GreenH2Atlantic, que se encontra a desenvolver uma unidade de produção de hidrogénio verde em Sines, ganha estatuto de projeto estratégico nacional.

O estatuto de projeto PIN (Projetos de Potencial Interesse Nacional) foi atribuído pela AICEP em reconhecimento da importância estratégica que o projeto tem para Portugal. Na decisão pesaram fatores como o investimento estratégico e a captação de grandes investidores/parceiros internacionais, a criação de emprego, a dinamização de economia local e nacional, a aposta na inovação e na transição energética a partir de fontes renováveis, entre outros.

Para a atribuição deste estatuto manifestaram-se favoravelmente todas as entidades consultadas: Agência Portuguesa do Ambiente, Direção Geral de Energia e Geologia, Instituto de Conservação da Natureza, Turismo de Portugal e Câmara Municipal de Sines.

A central de produção de hidrogénio verde do GreenH2Atlantic em Sines consiste na adaptação e reaproveitamento das infraestruturas da maior central de produção de energia elétrica a carvão do país, que terminou a sua operação em janeiro de 2021, num inovador centro de produção de hidrogénio, com capacidade de produção através eletrólise de 100MW. Com esta reconversão, o projeto GreenH2Atlantic contribui para um modelo de produção energética totalmente enquadrado nas metas de descarbonização nacionais e europeias.

O projeto visa criar 1.147 empregos diretos e 2.744 indiretos ao longo de toda a cadeia de valor do hidrogénio. O total do investimento previsto é de mais de 150 milhões de euros, dos quais 30 milhões provêm de fundos atribuídos pela Comissão Europeia (programa Horizon 2020).

Portugal, e em especial Sines, oferece condições únicas no desenvolvimento de uma economia verde do hidrogénio, com o aproveitamento das infraestruturas e das sinergias locais e o acesso à rede elétrica existente. Este projeto é também um contributo importante para a estratégia europeia do hidrogénio que visa atingir a neutralidade carbónica até 2050, na qual o hidrogénio renovável terá um papel fundamental.

Hidrogénio verde: o substituto dos combustíveis fósseis a partir da divisão das moléculas da água

O hidrogénio verde é produzido através da separação de moléculas de água em hidrogénio e oxigénio através do processo de eletrólise utilizando energia renováveis como fonte de eletricidade.

Reconhecido como uma das chaves para construir a economia verde do futuro, o seu potencial na descarbonização da economia mundial tem vindo a ser destacado em todo o mundo pelos mais reputados especialistas como a forma mais eficaz de combater o efeito de estufa.

Com a produção e importação de gás natural a diminuir e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e a dependência energética do exterior, o hidrogénio verde é entendido como uma das alternativas mais viáveis para descarbonizar os setores que são dificilmente eletrificáveis.

Estima-se que o GreenH2Atlantic entre em operação no final de 2025.

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