Grappin e Rooftops & Alleys – Review: Movimento para a frente (e dois passos atrás)

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Duas opções centradas na movimentação e leitura de cenários que procuram combinar aventura com exploração e a recolha de colecionáveis e maior pontuação com resultados que nem sempre são os mais positivos.

Com Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 no horizonte e Death Stranding 2 já nas lojas, quero anunciar que o início deste verão é dedicado à mobilidade e desportos radicais. Esta é a minha conclusão depois de jogar Grappin, da POLYLABO, e Rooftops & Alleys: The Parkour Games, da MILMEDIA, lançados recentemente no PC e consolas, e que trazem consigo abordagens distintas aos géneros de aventura e desporto. No caso de Grappin, temos mundos poligonais para explorar em busca de colecionáveis, onde a nossa principal ferramenta é um gancho que utilizamos para mover-nos entre pontos de interação. Infelizmente, o jogo da POLYLABO sofre de falta de polimento na sua jogabilidade, com má colisão e controlos que flutuam entre os bons tempos de resposta e uma falta de controlo sobre a direção da nossa personagem, também condicionado pela falta de inventividade no level design das zonas. Ao estarmos limitados a pontos de interação, onde podemos ativar o nosso gancho, Grappin perde a sua sensação de exploração e deixa de ser empolgante ao longo da campanha, apesar das suas boas ideias.

Já Rooftops & Alleys: The Parkour Games é um gosto adquirido, mas muito mais limado e divertido de jogar. Com seis níveis e dois modos de jogo, incluindo partidas online com vários jogadores em simultâneo, o título da MILMEDIA coloca-nos em cenários repletos de oportunidades para realizarmos truques de parkour enquanto tentamos bater a nossa pontuação e os melhores tempos registados em busca de medalhas de ouro. É uma aproximação interessante ao modelo popularizado pela série Tony Hawk’s Pro Skater, mas com parkour, onde é preciso saber como cair e posicionar o corpo da nossa personagem para manter a velocidade e a pontuação. Apesar de não ser o público-alvo do jogo, a verdade é que me atraiu pelo facto de ser algo suficientemente diferente e que poderá ser o início de uma nova vertente no género. No entanto, Rooftops & Alleys: The Parkour Game corre o risco de cansar os seus fãs se não adicionar em breve novos níveis, desafios e até truques para dinamizar a sua jogabilidade.

Apesar dos seus problemas, ambos os jogos terão certamente os seus fãs e são duas opções indie curiosas para os fãs do género. Faltou-lhes polimento e variedade para serem recomendados.

Cópias para análise cedida pelas POLYLABO e Sandbox Strategies.

João Canelo
João Canelo
Crítico de videojogos, Guionista, Professor e o responsável pelo melhor mortal nas aulas de Educação Física em 2002. Um aficionado por jogos peculiares.
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