Fórmula 1 – Grande Prémio da Bélgica com os dois suspeitos do costume: o domínio da Red Bull e os erros da Ferrari

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Depois de uma pausa de verão bastante animada, onde recebemos notícias da reforma de Sebastian Vettel e do adeus de Daniel Ricciardo à McLaren, houve ainda tempo para drama francês, com a Alpine a não ter bem a certeza de quem é que vai estar a conduzir um dos seus carros em 2023, e com Pierre Gasly apontado como um dos possíveis candidatos a tal vaga. No entanto, as corridas estão de volta e, no Grande Prémio da Bélgica, a Ferrari errou e a Red Bull dominou.

Depois de um início de corrida onde os nomes de destaque estavam para lá do meio da tabela (Max Verstappen partiu de P14 e Charles Leclerc de P15) devido a penalizações por troca de componentes que afetaram oito pilotos, conseguimos assistir a uma primeira volta ainda mais surpreendente. Um excelente arranque de Carlos Sainz fazia com que o piloto da Ferrari mantivesse o primeiro lugar, mas um arranque menos bom de Sergio Pérez metia o carro 11 da Red Bull atrás dos Mercedes e do Alpine de Fernando Alonso, que partia em terceiro e em terceiro chegava aos fim da primeira curva, embora pressionado por Lewis Hamilton.

Foi depois da Kemmel Straight, ao entrar na curva 7, que o impensável aconteceu: O Mercedes do sete vezes campeão do mundo acabou por passar o Alpine do duas vezes campeão do mundo, mas deixou pouco espaço ao espanhol na saída da curva (diz Hamilton que Alonso estava num blindspot e que não o viu, pedindo desculpa), e o toque foi inevitável. O carro 44 ganhou asas e voou, ao bater no chão já se sabia… acabava pouco depois a corrida para Lewis e o Grande Prémio da Bélgica entrava para a história como o primeiro DNF do piloto na temporada de 2022.

Pouco depois (na verdade, foi na volta 2 e perto do local do primeiro acidente), Nicholas Latifi e o seu Williams saem um pouco de pista, meio pião e, para se desviar, Valtteri Bottas acaba preso na gravilha… era o fim da corrida para o finlandês da Alfa Romeo (equipa que, já agora, anunciou que 2023 seria o último ano com a Sauber… isto depois da Audi anunciar que os seus motores vão entrar na F1 em 2026). Dois antigos colegas de equipa juntos no DNF neste início de Grande Prémio.

Com o safety car em pista, alguns pilotos aproveitaram para possíveis paragens, e Max Verstappen voava com a P1 em mente, uma vez que, no reiniciar da corrida, já estava em P8, tendo recuperado seis posições apenas em volta e meia. Impressionante. Pouco depois, na volta 12, o piloto holandês já estava na liderança da corrida ao ultrapassar, sem dificuldade alguma, carros como os de George Russell e de Alonso, e até mesmo o do seu colega de equipa, que na altura seguia em P1 depois de Sainz ter sido chamado às boxes para trocar de pneus de composto macio para pneus de composto médio.

Após grande parte dos pilotos pararem, a classificação voltava a colocar Carlos Sainz na liderança da corrida, seguido de Verstappen, Pérez e Leclerc. George Russell fazia o que podia com o seu Mercedes e mantinha-se num, muito bom, 5º lugar. Na saída das boxes, Leclerc teve a sua única oportunidade para tentar passar Pérez… não conseguiu e, mesmo depois de algumas repetições, fiquei na dúvida se não existiu um toque entre os dois pilotos: o Ferrari depressa começou a perder tempo, até eventualmente ser apanhado por George Russell.

O Grande Prémio da Bélgica voltou a animar o público depois do desastre que foi a edição de 2021

Lá mais para trás, Mick Schumacher oferecia espetáculo a quem seguia o Grande Prémio da Bélgica ao ultrapassar Latifi logo ali entre Eau Rouge e Raidillon. Na frente, o espetáculo era todo do solitário Max, com um Red Bull que certamente tinha asas e voava baixinho. Na volta 25, o carro nº1 seguia a cerca de 10 segundos de Pérez. Impressionante.

Depois da segunda ronda de paragens, e ao parecer que era Charles Leclerc que ia fazendo a sua própria estratégia volta após volta, a Ferrari tomava uma excelente decisão: a 10 voltas do fim metia pneus de composto duro em Sainz, em vez de macios novos… Como seria de esperar, o espanhol começou a perder tempo para Russell e só não perdeu o último lugar do pódio porque o jovem britânico acabou por cometer um pequeno erro que o fez perder um par de segundos. Dando continuidade ao assunto, mas saltando um pouco à frente, a Ferrari decidiu chamar Leclerc a duas voltas do fim para tentar a volta mais rápida, mas calcularam mal o tempo e acabaram passados por Alonso. No fim, Leclerc passa Alonso, não consegue a volta mais rápida e perde, mesmo assim, a P5 devido a uma penalização de 5s por “excesso de velocidade” na pit lane. Ai, Ferrari.

No fim, tivemos uma impressionante corrida de Max (a fazer lembrar Lewis Hamilton no Brasil em 2021), o domínio no 1 – 2 da Red Bull, erros que começam a ser normais por parte da Ferrari, uma excelente corrida de Alonso e um George Russell que continua a merecer o título de “Senhor Consistência” ao acabar em P4 e a pressionar o Ferrari nº 55 como nunca se imaginou. Destaque ainda para a ausência de pontos da McLaren, para a P6 e P7 dos carros da Alpine e para os pontos de Sebastian Vettel e Alexander Albon, que terminaram em P8 e P10, respetivamente.

O piloto do dia foi Max Verstappen e a volta mais rápida foi, também, para Max Verstappen, com 1:49.354. Para a semana viajamos até Zandvoort, na Holanda.

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 10 por pilotos

Posição Piloto Equipa Pontos
1 Max Verstappen Red Bull Racing RBPT 284
2 Sergio Pérez Red Bull Racing RBPT 191
3 Charles Leclerc  Ferrari  186
4 Carlos Sainz  Ferrari  171
5 George Russell  Mercedes 170
6 Lewis Hamilton Mercedes 146
7 Lando Norris McLaren Mercedes 76
8 Esteban Ocon Alpine Renault 64
9 Fernando Alonso Alpine Renault 51
10 Valtteri Bottas Alfa Romeo Ferrari 46

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Top 5 por equipas

Posição Equipa Pontos
1 Red Bull Racing RBPT 475
2 Ferrari 357
3 Mercedes 316
4 Alpine Renault 115
5 McLaren Mercedes 95

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