FlixBus, Vimeca Transportes e Rodoviária de Lisboa registaram grande aumento de queixas face a 2021

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Quantos mais serviços, mais queixas.

À medida que os anos vão passando, os portugueses vão tendo acesso a cada vez mais formas de transporte, tudo para que não necessitem de carro próprio nas deslocações diárias. Seja comboio, autocarro, metro e, mais recentemente, trotinetes e bicicletas, existem várias opções.

No entanto, tem-se visto cada vez mais uma onda de insatisfação entre os trabalhadores e sindicatos destes setores, com este mês de junho a prometer ficar marcado por várias greves aqui e ali.

Junho arrancou com uma paralisação na Rodoviária de Lisboa e com uma greve dos trabalhadores das bilheteiras da CP. Já esta segunda-feira (6 de junho), o caos ficou instalado no distrito de Setúbal, quando os motoristas da Carris Metropolitana fizeram uma paralisação espontânea por desconhecerem os novos horários e percursos dos autocarros que começaram a circular no dia 1 de junho. Cerca de 90% das carreiras urbanas e interurbanas da nova rede de autocarros previstas para aquele dia não se realizaram – entretanto a empresa está a funcionar com os horários da antiga TST durante duas semanas. E como seria de esperar, foram muitas as queixas.

Perante o cenário de perturbações registadas no setor dos transportes, o Portal da Queixa realizou uma análise onde verificou que, do dia 1 de janeiro até 31 de maio de 2022, as reclamações dos consumidores dirigidas às várias subcategorias do setor aumentaram 58%, comparativamente com o período homólogo de 2021. Também subiu o número de empresas alvo de reclamações. Em 2021, foram 39 as entidades receberam queixas dos consumidores e, este ano, são 51.

Segundo o Portal da Queixa, para a análise foram consideradas cinco subcategorias: Bilhética e Títulos de Mobilidade, Comboio e Metropolitano, Transporte Marítimo, Transporte Rodoviário de Passageiros e Transportes Coletivos de Passageiros.

É nestas últimas subcategorias que está concentrado o maior volume de reclamações: Transporte Rodoviário de Passageiros e Transportes Coletivos de Passageiros, com 43% e 35%, respetivamente. Simultaneamente, são as que mais cresceram em número de reclamações, face a 2021. Na subcategoria Transporte Rodoviário de Passageiros o aumento de queixas registado foi de 140% e nos Transportes Coletivos de Passageiros a subida foi de 32%.

Os principais motivos das reclamações apontam atrasos e problemas nos horários dos serviços (42% das queixas); dificuldades na compra e/ou reembolso (24%); falhas no apoio e assistência ao cliente (17%) e falta de manutenção de equipamentos e espaços (9%).

No TOP 10 das entidades com maior número de reclamações em 2022 – face aos dados apresentados no ano passado – figuram: A Rede Expressos (+39%); FlixBus (+773%); TST – Transportes Sul do Tejo (+50%); CP – Comboios de Portugal (+8%); CARRIS (+28%); Vimeca Transportes (+438%); Rodoviária de Lisboa (+200%); Metro do Porto (+88%); Scotturb (+63%) e Metro de Lisboa (-23%).

À exceção do Metro de Lisboa – que viu as reclamações descerem -, todas as empresas registaram um crescimento do número de queixas.

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