Quem se interessa pelo mundo animal não pode perder este trabalho de Brian Skerry. E quem não se interessa tanto também não, já que é uma extensão de cultura imperdível, sendo conhecida como uma das mais emblemáticas exposições sobre tubarões da National Geographic.
A exposição Sharks, uma missão de Brian Skerry estará patente a partir de hoje, 24 de maio, até dia 31 de dezembro do presente ano na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
O evento de inauguração deste brilhante trabalho fotográfico aconteceu ontem e o Echo Boomer marcou presença. Depois de um vídeo de apresentação, em que o próprio Brian Skerry explica o propósito deste seu trabalho – “alertar o público para o perigo da extinção dos tubarões, despertar consciências e ultrapassar mitos“ – Nuno Ferrand, diretor do Museu de História Natural da Ciência da Universidade do Porto, abre o discurso e afirma que este mundo fascinante do fotógrafo chegou mesmo na semana certa, já que, no passado dia 22 de maio, se celebrou o Dia Internacional da Biodiversidade.
Brian Skerry, fotógrafo especializado em vida marinha e ambientes subaquáticos, é colaborador da National Geographic e, com esta exposição, quer contrariar a imagem negativa que existe dos tubarões. Vai mais longe e demonstra até um fascínio por esta espécie: “Os tubarões não mudaram em centenas de anos porque não precisam. São perfeitos para o ambiente em que vivem. Deviam ser enaltecidos”.
Ao longo da visita, é possível ler descrições sobre as várias espécies de tubarões, assim como o modo como começou tudo isto para Skerry. O fotógrafo tinha 20 anos quando contactou pela primeira vez com um tubarão selvagem e conta-nos esse momento:
“Lembro-me de estar em pé no interior daquela jaula, poucos metros abaixo da superfície, num dia de mar agitado, e de esperar durante horas, perscrutando a escuridão na esperança de ver um tubarão. Estava quase a desistir quando, por volta das 16 horas, surgiu o primeiro tubarão. Era uma fêmea de tubarão-azul, com cerca de dois metros de comprimento e, no momento em que a vi, fiquei maravilhado, quase como que hipnotizado (…) Sem pensar sequer, abri a porta da jaula e nadei para o exterior. (…) Após alguns minutos, afastou-se de mim e nadou em direção ao barco.”
Para além de poder visitar a exposição, o público poderá, pela primeira vez, entrar numa “shark cage”, idêntica à que Brian Sherry utiliza nas suas expedições. Este “capricho” está tão bem realizado que, estando lá dentro, temos mesmo a sensação de estar a nadar com tubarões, tal como faz o fotógrafo.
Os visitantes podem adquirir os bilhetes para a exposição na Galeria da Biodiversidade ou online e custam 5€ por adulto; 2,5€ para crianças entre os cinco e os 17 anos, portadores de Cartão Jovem e maiores de 65 anos; e há ainda um bilhete família (dois adultos e descendentes) a 14€. As crianças até aos quatro anos não pagam.
Texto e fotos por: Maria Valente