Diyalo – Quartel-general da comunidade nepalesa e muito mais

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Para quem gosta de associativismo local e de quem cuida dos seus próximo, é impossível não torcer a favor.

O Diyalo encontra-se num sítio especial – a meio das escadarias no meio do Largo do Martim Moniz (em bom rigor, na Travessa da Palma, com vista absolutamente privilegiada para o Castelo de São Jorge) – e foi inaugurado por Rabin Adhikari em 2016. Desde então, tornou-se num ponto de encontro para quem gosta de cozinha nepalesa (e há também na carta espaço para a cozinha indiana e portuguesa).

Mas foi com incidência na cozinha do país dos Himalaias que se realizou a visita a este restaurante. E assim, como entrada, o Aalu Zeera, batata com cominho e grão (3,50€), e o interessantíssimo Pani Puri (5€), tacinhas fritas com um molho agridoce que se coloca no seu interior – uma delícia, ou a estrela da casa Momo (versão original a 4,50€, mas disponível em várias versões diferentes), mal comparada uma versão nepalesa de gyozas que pode ser apresentada ao vapor ou frito.

Doses generosas, de sabor genuíno e não pré-fabricado, e com as quais se deve ter atenção se se quiser dar espaço ainda para os principais. Até por causa do Naan (1,75€ o simples, 2,50€ o com alho – alho a sério), facilmente o melhor que já provámos até hoje.

Para a comunidade nepalesa, que muitas vezes se concentra em família no Diyalo, em especial na 2ª, 3ª ou 4ª feira – dias de folga para muitos destes trabalhadores -, o prato que tipicamente é escolhido para partilha é o Nepali Thali Set (de vários tipos, e composta por várias porções de pratos da carta, numa lógica de se fazer uma refeição composta por vários sabores e completa). Aqui também acompanhada por Naan.

E nos principais a recomendação foi o Pork Sekuwa (8,50€), cubos de barriga de porco marinados com molho de soja e depois grelhados em forno tandoori. Uma delícia de sabores da região, resistência e tenrura na proporção ideal, e o indiano Prawn Masala (10,25€) – guisado com molho de caju, tomate e natas. A acompanhar a beber, um belo Lassi (2,5€).

O que sobressai no Diyalo, além da evidente qualidade das matérias primas que mostram que assim não se tomam atalhos na preparação dos pratos, apesar da variedade e dimensão da carta,  é a evidência de um poiso seguro para a vasta comunidade nepalesa que labora em Lisboa e arredores. Há diversos cartazes de atividades e espetáculos na língua (mas realizados cá), as famílias a jantar na sala interior são várias – a vista panorâmica da esplanada está basicamente ocupada por falantes de línguas europeias -, e Rabin Adhikari é o presidente da Associação de Nepaleses Residentes em Portugal.

Para quem gosta de associativismo local e de quem cuida dos seus próximo, é impossível não torcer a favor.

O Diyalo está aberto todos os dias, das 12h às 24h, contando com 60 lugares no interior e 30 na esplanada. Para reservas, basta ligar para o 218862395.

Fotos de: Teresa Graça Moura

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