Crítica – Violent Night

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Violent Night é uma das maiores surpresas do ano, tornando-se instantaneamente num clássico natalício contemporâneo!

O Natal é reconhecido por ser uma época alegre, repleta de tempo precioso com a família. Confraternizar à volta da mesa de jantar carregada com comida e bebida tradicionais, decorar a árvore ou abrir presentes são atividades comuns durante este período, mas assistir a um filme típico desta altura no sofá com um cobertor quentinho atinge níveis máximos de conforto. Uma obra de animação leve e divertida, uma maratona de uma franchise favorita ou uma escolha clássica como Die Hard – sim, estou desse lado do intenso debate -, a verdade é que não existe escolha errada. Bem, Violent Night acaba de se tornar num clássico de Natal novo e moderno para espetadores com necessidades mais viradas para o gore!

Não esperava muito de um filme protagonizado por David Harbour como um Pai Natal temperamental, embriagado e com cara de poucos amigos. Antecipava uma pequena obra com ação tonta de Natal, uma história direta e personagens básicas… apenas com um pouco mais de sangue do que o normal. Violent Night possui uma narrativa bastante genérica e personagens com desenvolvimento semelhante ao de muitos, muitos outros filmes. Ainda assim, Tommy Wirkola transforma o argumento de Pat Casey e Josh Miller numa explosão total de puro entretenimento, fazendo de tudo com a sua classificação etária R, tornando este projeto cinematográfico num dos filmes de Natal mais loucos, sangrentos e brutais da história do cinema.

É fácil cair em reações exageradas quando alguém é surpreendido por uma visualização tão inesperadamente satisfatória e catártica. Ainda assim, Violent Night é uma obra que acredito firmemente que terá uma receção fantástica do público durante o seu período de lançamento e/ou eventualmente ganhará um seguimento de culto. Wirkola mistura brilhantemente o melhor dos clássicos como Die Hard e Home Alone, mas sem nunca dar a sensação de copiar descaradamente o que estes fizeram. Pelo contrário, o cineasta homenageia os clássicos de Natal e brinca com as fórmulas e clichés do género da maneira mais engraçada possível.

Desde a seleção hilariantemente inteligente de músicas de Natal às stunts absolutamente incríveis, Violent Night consegue entregar gargalhadas potentes simultaneamente com alguma da melhor ação prática vista este ano. Adicione-se uma quantidade chocante de sangue bastante visível e mortes selvagens com diversos objetos e uma verdadeira montanha-russa de emoções está preparada para certamente criar experiências de cinema memoráveis. Todos os componentes técnicos partilham a mistura essencial de humor e violência, mas definitivamente não é um filme para os espetadores mais sensíveis.

Dito isto, Violent Night consegue, de alguma forma, encontrar tempo para parar, respirar e oferecer diálogos genuinamente comoventes e inspiradores sobre tópicos amplos da vida, como felicidade, amor, família, autoconfiança e perdão. A escrita encontra-se imaculada, mas Harbour eleva o argumento geral com uma prestação quase perfeita. Na verdade, se Harbour não é o melhor ator para interpretar esta versão do Pai Natal, não sei mais o que significa “casting perfeito”.

Violent Night

Algumas das outras atuações saem um pouco ao lado, no entanto. Leah Brady é apenas uma atriz infantil, logo não me sinto realmente incomodado com uma performance menos convincente da parte dela. Já o elenco adulto tem alguns problemas em equilibrar o tom satírico, quase em paródia, com os momentos mais sérios, entregando algumas falas em falso ou expressões exageradas. No geral, Violent Night não sofre nem com isto nem com nada mais. A estrutura anti-heist focada numa só localização torna tudo ainda mais entusiasmante. É um daqueles filmes que mal posso esperar para ver novamente com amigos e familiares. Façam o mesmo!

Violent Night é uma das maiores surpresas do ano, tornando-se instantaneamente num clássico natalício contemporâneo! David Harbour incorpora habilmente uma versão chocantemente brutal e gory do Pai Natal que, de alguma forma, ainda transmite mensagens adoráveis. As sequências de luta apresentam stunts práticas verdadeiramente violentas, aproveitando a classificação etária R para fornecer quantidades imensuráveis ​​de sangue. O uso criativo de canções de Natal deixará o público a chorar de tanto rir.

Uma homenagem brilhante aos clássicos sazonais do género que merece ser vista numa sala de cinema a abarrotar!

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