Crítica – Quatro casamentos e um Funeral (Dois Primeiros Episódios)

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Na era da televisão, chega-nos a versão moderna e em série de Quatro Casamentos e um Funeral. Será que vale a pena?

Quatro Casamentos e um Funeral

A série é de 2019, mas chega a Portugal este ano através da AMC. Porém, o objetivo é o mesmo: fazer com que o público se apaixone, tal como aconteceu com o filme.

Maya (Nathalie Emmanuel), jovem diretora de comunicação de uma campanha senatorial em Nova Iorque, recebe um convite de casamento de um colega de faculdade que agora vive em Londres. Deixa a sua vida profissional e pessoal para trás, viaja para Inglaterra, renova a proximidade com velhos amigos e acaba no meio das suas crises pessoais. As relações são forjadas e quebradas, escândalos políticos são expostos, a vida social londrina é ridicularizada, os casos de amor são inflamados e extintos e, claro, acontecem quatro casamentos… e um funeral.

Um piloto bem conseguido, mas não chega

No primeiro episódio, conhecemos as personagens principais e os motivos que as ligavam. Esta apresentação é bem conseguida e acho que é fácil entender quem é quem. Isto poderia ser complicado numa série com tantas personagens principais, mas não o é.

Além disso, avançamos um ano ainda na primeira metade do episódio, o que é uma situação, diria, rara. Não correu muito mal, mas poderia ter sido melhor. O início foi interessante, mas acho que faltou uma parte importante da relação de Maya com o senador. Não diria que seria necessário um episódio. Bastariam 10 minutos do desenvolvimento desta relação.

O primeiro casamento acaba por não acontecer e não foi uma situação, de todo, imprevisível. Era claro que a relação entre Maya e Kash (Nikesh Patel) ainda vai dar panos para mangas, como diria a minha avó, e que podem ver através da foto aqui em baixo. É aqui que acho que 4 Casamentos e um Funeral falhou. Uma série que se queira colocar noutro patamar teria optado por avançar com este casamento e depois sim, ver o evoluir da relação entre os dois.

Quatro Casamentos e um Funeral

No entanto, o mais positivo é mesmo as relações entre todas as personagens principais. Esta versão moderna do filme clássico mostra-nos o quão complicadas são as relações entre amigos e todos os problemas decorrentes destas relações. E fá-lo bem.

Potencial não foi totalmente explorado

Quatro Casamentos e um Funeral não é a melhor série de sempre, nem entra na minha lista de preferidas do ano, mas faz o seu trabalho: entretém. Ligamos-nos às personagens e queremos ver o desenrolar destas amizades e relações.

Ainda assim, não é uma série que nos prende totalmente ao ecrã. É uma produção que podem (e devem) devorar aos poucos. Talvez por isso, a escolha de ser transmitida no cabo, mais concretamente na AMC, seja a escolha mais acertada. Ainda que estranha, tendo em conta que as séries da Hulu têm chegado a Portugal sobretudo através da HBO.

Havia potencial para mais, mas que não foi totalmente explorado. A ideia é minimamente interessante. No entanto, não foi explorada da melhor forma. Os dois primeiros episódios são mornos. Não chegam para prender um espetador no mercado televisivo atual.

Provavelmente vou acompanhar até ao fim para ver se melhora, mas se são daqueles que precisam de ser agarrados ao início, então esta série não é a mais indicada.

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