Passes gratuitos ou a preço reduzido nos comboios? A CP não tem essa capacidade

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Já quanto à linha de alta velocidade, o ministro das Infraestruturas e Habitação não tem dúvidas de que será “altamente rentável”.

A Área Metropolitana de Lisboa tem, neste momento, duas opções de passe: o navegante municipal, válido para qualquer deslocação em todas as empresas de serviço público de transporte regular de passageiros, dentro do limite geográfico de um dos 18 municípios que constituem a Àrea Metropolitana de Lisboa, que custa 30€; e o navegante metropolitano, que permite utilizar todas as empresas de serviço público de transporte regular de passageiros em todos os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa, neste caso por 40€.

Já no Porto, existe o Andante 3Z (30€), válido para viajar em 3 zonas selecionadas pelo cliente nas linhas e operadores que integram o sistema intermodal Andante; o Andante Municipal (30€), válido para viajar num conjunto de zonas pertencentes a um município nas linhas e operadores que integram o sistema intermodal Andante; e o Andante Metropolitano (40€), válido para viajar num conjunto de zonas pertencentes a um município nas linhas e operadores que integram o sistema intermodal Andante.

Ainda que os habitantes destas áreas metropolitanas possam, com esses passes, usufruir de viagens de comboio sem limite dentro dos respetivos municípios abrangidos, o resto do país não tem direito a estes passes. Ou seja, não existem passes mensais, pelo menos a bom preço, que os utentes possam usufruir.

Recentemente, a Alemanha resolveu lançar passes para os comboios regionais no país por apenas 9€, numa medida que não só tem sido elogiada, como fez com que outros países gostassem de a replicar. É o caso de Portugal.

Por cá, o Livre é um dos partidos que propôs um passe ferroviário nacional, tendo essa proposta tendo sido apresentada no Parlamento. Infelizmente para muitos, a medida não pode ser aplicada na rede ferroviária nacional… e deve-se tudo à falta de oferta (comboios).

“Na ferrovia, infelizmente, temos a nossa capacidade esgotada. Se amanhã tivéssemos preço zero, a capacidade de o transporte receber mais passageiros seria quase nula”, disse o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, em resposta ao deputado do Livre, Rui Tavares, durante a audição na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2023. Ou seja, não seria possível, imagine-se, implementar passes gratuitos, uma vez que não existem comboios suficientes a circular.

De acordo com o Eco, Pedro Nuno Santos referiu que há comboios totalmente cheios nos serviços de longo curso entre Porto e Lisboa, havendo ainda sobrelotação nas viagens dentro das regiões de Lisboa e do Porto.

Porém, e para que a oferta possa aumentar, tudo está dependente do aumento da capacidade da rede ferroviária nacional. Esta segunda-feira, Pedro Nuno Santos afirmou que nenhuma das obras do programa Ferrovia 2020 ficará por fazer, ainda que, até agora, somente 15% das obras tenham sido concluídas. Significa, por isso, que a execução vai disparar no próximo ano, com 714 milhões de euros de execução previstos para 2023.

De recordar ainda que as obras de quadriplicação dos troços entre Braço de Prata e Roma-Areeiro (Lisboa) e entre Contumil e Ermesinde (região do Porto) deverão ficar concluídas depois de 2026, o que ajudará a aumentar a oferta da CP.

Já quanto à linha de alta velocidade, o ministro das Infraestruturas e Habitação não tem dúvidas de que será “altamente rentável”.

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