CP esclarece dados recentes e diz que tem aumentado o número de comboios em circulação

- Publicidade -

Porém, não desmente os dados das supressões.

Na semana passada elaborámos um artigo, tendo em conta uma notícia avançada pelo Jornal de Notícias, que teve acesso a um relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, onde se concluía que os serviços de comboios, seja da CP ou da Fertagus, têm vindo a piorar deste 2019. Tudo devido aos comboios suprimidos e aos constantes atrasos.

Em 2023, por exemplo, e só no primeiro semestre do ano, tinham sido suprimidos mais de 22.000 comboios, naquele que é um número avassalador. Entretanto, a CP veio a público não desmentir as supressões, mas sim referir que tem aumentado o número de comboios em circulação.

Para esclarecer esta situação com factos e números concretos, a CP diz em comunicado que, em 2019, “a frota ativa da CP era composta por 375 unidades, incluindo 240 automotoras, 26 locomotivas e 109 carruagens”, que em 2020 se registou um “incremento para 392 unidades”, que em 2021 “este número elevou-se para 412 unidades” e que, em 2022, “observou-se um aumento de 18 unidades, totalizando 430”.

Já quanto ao ano passado, diz a empresa que, “até ao final do terceiro trimestre de 2023, a frota ativa da CP compreende 244 automotoras, 44 locomotivas e 154 carruagens, ou seja, mais 67 unidades do que em 2019, representando um aumento de 18%”.

“A robustez deste crescimento é ainda mais evidente quando analisamos os números de passageiros transportados. Em 2019, a CP transportou 144,8 milhões de passageiros. Em 2022, atingiu-se o maior número de passageiros dos últimos 20 anos, ultrapassando o valor de 2019 em cerca de 3,2 milhões. Prevê-se que, apesar das greves e outros constrangimentos, o ano de 2023 tenha números significativamente superiores em alguns milhões de passageiros. Estes marcos só foram possíveis devido ao aumento e à eficiente gestão da frota”, lê-se ainda no mesmo comunicado.

Contudo, a CP não desmente os dados das supressões, mas adianta que, no ano passado, “90,4% das supressões deveram-se a greves, enquanto as restantes resultaram de acidentes, incidentes com passageiros e intempéries”. Ou seja, “apenas 2,5% estão relacionadas com avarias no material circulante”.

A CP defende-se também da situação dos constantes atrasos, referindo que, na sua grande maioria, surgem em “consequência de obras de modernização nas vias-férreas”.

A empresa não pretende, com isto, desculpar-se, mas sim clarificar a situação, relembrando que, graças aos seus trabalhadores, tem cerca de 1350 comboios a circular diariamente.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados