O Corredor Internacional Sul vai pôr Sines mais perto da Europa.
Com 80 quilómetros de linha nova e 90 quilómetros de linha renovada, o Corredor Internacional Sul vai ligar os portos de Sines, Lisboa e Setúbal a Espanha. E encurtar a distância entre Sines e a fronteira em três horas e meia.
O principal investimento deste projeto é a construção de um troço de linha férrea, com a extensão de 80 quilómetros, entre Évora e Elvas. Há mais de um século que não era construído, em Portugal, um troço de caminho-de-ferro desta extensão.
A nova linha, Évora-Elvas, será de via única, mas a plataforma está preparada para receber uma segunda via e poderá migrar para a bitola europeia, se um dia Portugal e Espanha decidirem aderir a esse sistema.
Com a eletrificação da linha e com a substituição do transporte rodoviário pelo comboio, este é um investimento que terá, igualmente, forte impacto ambiental.
Além da linha nova, o Corredor Internacional Sul inclui a requalificação de várias partes das linhas de Sines, Sul, Alentejo, Leste, Évora e Vendas Novas. No final, todo o Corredor estará eletrificado, dotado de sinalização eletrónica moderna e sem passagens de nível.
A principal inovação destas obras é a construção de estações técnicas, que permitirão o cruzamento de comboios de mercadorias de 750 metros de comprimento, quando atualmente a estrutura apenas permite o cruzamento de composições de 400 metros.
Graças ao novo Corredor Sul, teremos:
- 51 comboios de 750 metros a sair do porto de Sines todos os dias, em vez dos atuais 36 comboios de 400 metros
- 140 quilómetros menos na ligação Sines-Espanha
- 3h30 de viagem a menos
- 50% de redução no custo do transporte
A obra, que está em curso em várias frentes, faz parte do plano Ferrovia 2020, e representa um investimento de 650 milhões de euros, parcialmente financiado pela União Europeia. O Corredor Internacional Sul estará pronto em 2024.