Somente poderá ser adquirido por doentes com patologias específicas.
Foi em junho de 2019 que a legalização do uso de canábis para fins medicinais foi aprovada em Portugal, embora a regulamentação somente tenha sido publicada em Diário da República a 15 de janeiro de 2020.
Na altura, fonte do Infarmed referiu à Lusa que a lei não deveria ter grande repercussão em termos práticos, uma vez que ainda não tinha recebido qualquer pedido para analisar um produto com vista a ser colocado no mercado.
Pois bem, 2021 promete mudar esse panorama. Muito em breve, mais especificamente em abril, deverá chegar às farmácias a canábis medicinal, num produto que já foi aprovado pelo Infarmed.
Desenvolvido pela empresa canadiana Tilray, trata-se de “flor seca com THC”, num produto que terá, na sua composição, 18% de delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e menos de 1% de canabidiol (CBD). A informação foi avançada pelo Jornal de Notícias.
No mês passado, a Agência Lusa tinha noticiado que o Infarmed acabava de aprovar a “primeira substância à base da planta da canábis para fins medicinais em Portugal”. À Lusa, a diretora geral da divisão portuguesa da Tirlay, Rita Barata, referiu que, num futuro próximo, estavam a planear “tornar outros produtos acessíveis aos doentes em Portugal”.
Segundo se sabe, este produto poderá ser adquirido por pacientes com dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso), espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula, náuseas e vómitos (resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C) e estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA.
Este produto poderá ser consumido através de um método de vaporização e será vendido em sacos de 15 gramas. O preço? 150€.