Na apaixonante zona ribeirinha do Barreiro, o Café Julliet é um espaço simples, mas também uma experiência verdadeiramente inesquecível de boa comida, fascinante paisagem e um ambiente único.
Foi num dia perfeito, com a zona ribeirinha barreirense espelhada nas águas tranquilas do Tejo, que fizemos a nossa visita a uma das novidades, em termos de espaços gastronómicos modernos, que se vão implementando nesse horizonte de uma paisagem natural, linear e tranquila, que torna o novo Barreiro numa urbe contemporânea e num lugar cada vez mais in, ou seja, cada vez mais atraente.
O Café Julliet nasceu, segundo aqueles que abraçaram o projeto, do sonho de abrir um espaço com uma envolvência única, no Parque Cidade Polis; ora a zona onde o Café se situa foi desde logo a ideal, pela sua localização e vista maravilhosa sobre o rio Tejo. Se já estão a interrogar-se sobre o nome, saibam que resultou de um conceito que norteou este projeto, justamente o amor, mais concretamente, a do par Romeu e Julieta, eternizado por Shakespeare. Rebuscado? Não. O Café Julliet faz bem jus à sua missão, na forma como foi pensada pelos sócios: alcançar, pelo ambiente, bom serviço e melhor comida, o pico da felicidade e transmitir-lo numa ementa divertida e repleta de tudo aquilo que o ser humano gosta, como os hot dogs e hambúrgueres, sem nos esquecermos dos tão apreciados pastéis de camarão.
A página de Instagram não engana, publicitando um leque abrangente de belos chamarizes gustativos: “Os hot dogs mais loucos da capital de Lisboa, hambúrgueres que são um verdadeiro e delicioso clássico e as paixões de Julliet, que nos deixam com água na boca. Para refrescar e adocicar o nosso paladar, temos milk shakes, sumos naturais e vistosos cocktails.” Saboreemos algumas destas rubricas deste descontraído menu, com as deliciosas propostas que nos trazem…
Os fundadores são Kamlesh, Dhurba e Virat, empresários internacionais com mais de 50 restaurantes espalhados por todo o mundo e cuja paixão por Portugal e pela sua cultura os tem levado a adotar projetos capazes de exprimir uma personalização poética da comida, em simbiose com lugares, histórias e tradições significativas de um povo.
Pensado para ser divertido, o Café Julliet pretende proporcionar ótimas refeições tanto a quem reside na zona, como uma experiência diferente para quem está de passagem e encontra neste espaço a oportunidade de terminar o passeio com um ótimo jantar.
Para testar o pulso às entradas, a rubrica PARA MORDER, começámos por pedir aperitivos tradicionais – o Pastel de bacalhau à Julliet com maionese kimchi e o Rissol de camarão com molho teriaki – verdadeiramente deliciosos. Experimentámos, também, as Gyosas com molho chili e o Bao de frango – este último apresenta-se bastante saboroso, com uma carne desfiada, muito bem temperada, acompanhada de maionese de lima e com pickles. Entretanto, optámos, nas bebidas, por uma boa Sangria de vinho branco.
Nos pratos principais, apostámos nos HAMBÚRGUERES DE COMER E CHORAR POR MAIS, e nesta rubrica a designação não desilude, a saber: É Um Clássico Por Alguma Razão (180 gramas de vitela timbradas por molho especial, um belíssimo cheddar e salada qb.), um Clássico Ainda Melhor (em tudo igual, com a exceção de que leva três coberturas de bacon) um Valente, ótimo prato para quem prefere frango, e o imprescindível Veg Burguer (Hambúrguer de soja, queijo derretido, cebola crocante e salada).
Na divertida rubrica “WHO LET THE DOGS OUT?”, dedicada aos hot dogs, provámos o Boss – um belo hot dog de cachaço de porco desfiado, amaciado por 6 horas de cozedura e com um tempero divial de molho barbecue, cebola, pickles e maionese de lima.
Tudo isto, obviamente, merece bons acompanhamentos. É a pensar nisso que o menu oferece AS NOSSAS BATATAS, onde testámos e acertámos em cheio em duas das três opções disponíveis: Batatas fritas com bacon, que incluem queijo cheddar, bacon e cebolinho, e as Tex-Mex – batatas fritas, molho de queijo, jalapenos e maionese chipotle. Cometemos uma falha e esquecemo-nos de pedir as Batatas Doces, mas não duvidamos que sejam deliciosas.
Como já devem ter percebido, estes pratos são proporcionados para um público diverso e heterogéneo, descontraído, que vem à procura não só de comida, mas também de convívio e e um belo momento de conversa, entre amigos ou em família, num espaço deveras acolhedor a agradável. Mas os paladares mais convencionais não estão excluídos – aqui entram as paixões de Julliet, que também não podíamos deixar de provar: um aveludado Risoto de cogumelos, a tradicional Picanha com arroz de feijão e batatas fritas, para quem pretende carne à seria, e, para os nostálgicos das massas italianas, estão, ainda, disponíveis o Esparguete à bolonhesa e o eterno Arroz de marisco, sempre a condizer com uma terra onde, efetivamente, cheira a maresia e não estamos muito longe das paliçadas dos pescadores…
Depois, para lá das refeições principais, há todo um menu de pratos intermédios, ótimos para refeições rápidas ou tipo brunch. São as tostas, de que se destacam a Delicious humus, com humus, salada, ovos escalfados e molho hollandaisee, e a Pesto, com pão, abacate, ovos escalfados e pesto (vimos alguém a pedir na mesa ao lado e tinha um aspeto fabuloso); há, ainda, a salada do dia, para quem está focado na linha; para os que preferem lanches gulosos, eis os croissants com Nutella (que também podem ser com bacon e ovos) e há ainda os SHAKE IT OFF, com o Nutella shake e o morango shake.
Nas sobremesas, a oferta é mais limitada, mas num ou noutro caso roçando o sabor divinal. Podem contar com um magnífico Brownie de chocolate, em que se destaca o gelado de autêntica baunilha temperado por delicioso caramelo salgado; para quem quer manter uma linha mais fresca ou sóbria, optem pelo Cheesecake de frutos vermelhos, que faz jus ao nome (tem, realmente, o sabor do queijo creme bem marcado, e não natas como alguns falsos cheesecakes que vemos por aí), que acompanha com chantitly e pedaços de chocolate; por último, para os que não abandonam nunca uma boa taça de fruta, têm a Salada de fruta fresca da época, decorada e apimentada por umas aromáticas folhas de hortelã.
Note-se que estamos a falar de um menu cujos pratos principais, na globalidade, se situam entre os 5.5€ (o Hulk, com salsicha de soja) e os 12€ (a picanha). Portanto, o Café Julliet apresenta preços indiscutivelmente acessíveis e uma variedade bastante ampla que se traduzem numa receita de verdadeiro sucesso, pois trata-se de uma filosofia que encara cada visitante como um mundo e que parte do pressuposto muito simples mas absolutamente verdadeiro de que, para muitos de nós, o que importa é estar com a família e com aqueles de quem mais gostamos, preferencialmente num lugar bonito e podendo fruir de uma refeição que tem tanto de deliciosa como de acessível.
E o Cafe Julliet não fica por aqui. Brevemente, os proprietários tencionam abrir um restaurante mexicano mesmo ao lado do Café Julliet, além de um restaurante vegan, este, no centro de Lisboa, e outros projetos mais, que se estenderão por outras zonas do país e que, para já, permenecem no segredo dos deuses.
Aguardemos, fazendo figas para que todos esses espaços proporcionem aos seus vistantes uma experiência tão agradável e enriquecedora como aquela que tivemos o prazer de saborear e levar connosco, no nosso Guiness pessoal!
O Café Julliet encontra-se aberto de quarta a segunda das 11h às 15h e das 18h às 21h no Parque Recreativo da Cidade Polis, no Barreiro. Para reservas, basta ligar para o 210509107.