Esta burla junta Payshop, Pagaqui… e casas de apostas

- Publicidade -

Aviso para quem trabalha com estes sistemas de pagamento: somente façam o que o cliente pede depois de receberem o dinheiro em mãos.

Se nos seguem, certamente que já deverão ter lido vários artigos que elaborámos para dar conta de várias burlas, umas mais flagrantes que outras. Afinal de contas, acreditamos que estamos a fazer um serviço público ao denunciar estes esquemas, pois só assim os portugueses ficam alertados.

Ora, a burla que vos contamos neste artigo não é propriamente nova, até porque tem sido feita desde 2019, e é um bocado diferente do típico esquema para ludibriar pessoas. Basicamente, envolve utilizar uma referência, entidade e um método de pagamento como Payshop e Pagaqui.

Esta burla foi exposta no segmento Investigação CM, da CMTV. De acordo com o programa, existe um ex-jogador de futsal que tem visitado estabelecimentos e que, após alguns dedos de conversa com os funcionários/proprietários do espaço, pede para efetuar um pagamento com recuso a entidade e referência. E é aqui que a burla começa.

Apesar de o sistema informático dar o aviso a quem está a tratar da transação de que somente deve confirmar o pagamento depois de receber o dinheiro, os funcionários acreditam na palavra do burlão, que diz que vai ao carro (que fica ligado) buscar dinheiro ou ver do filho quando, na verdade, vai é fugir do local. Resultado? O estabelecimento fez o pagamento e o burlão ficou com o dinheiro, não pagando o que devia.

Dados de entidade e referência podem ser utilizados para tudo e mais alguma coisa, como pagar a fatura do gás/água/eletricidade/internet ou o seguro, entre outros exemplos., como por exemplo casas de apostas. Assim, quando os estabelecimentos fazem esse pagamento, estão a carregar a conta que o malfeitor possui em determinada casa de apostas. A partir daí, tanto pode optar por apostar esse montante, como levantá-lo para a conta bancária.

Há até algumas carteiras virtuais, como a Neteller, que permitem criar entidade e referência para ficar com saldo online, pelo que é possível fazer este esquema de várias formas.

O indivíduo em questão tem vários processos crime e mandatos de detenção, mas, até à data, e apesar das diversas burlas pelo país fora, ainda não terá sido detido. Convém salientar que há burlas de 500€, 800€, 900€ e até 1000€. Não se sabe, ao certo, quanto dinheiro este ex-jogador de futsal já terá roubado. E certamente que este burlão não será o único a praticar este esquema em Portugal.

Em todo o caso, serve este curto artigo para avisar aqueles que trabalham com os sistemas Payshop e Pagaqui: nunca façam um pagamento sem que tenham primeiro o valor certo em mãos. Convém que tenham especial atenção a este esquema, pois uma vez que o pagamento é feito automaticamente e quase instantaneamente, é impossível anulá-lo.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados