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Bleak Faith: Forsaken dá a impressão que foi inspirado, não num “Dark Souls”, mas meramente numa possível sinopse.

Sei que me estou a repetir: mas desde que entrei no género “Souls” que tenho devorado todo o peixe que me vem à rede. Obviamente, uns são ótimos e outros são piores; é normal. E quando entramos no campo das influências, homenagens e quês, é fácil tropeçar nos atacadores da ambição e criatividade e acabar com um Bleak Faith: Forsaken, naquela que é uma tentativa amadora de quem leu a sinopse de um dos jogos do catálogo da FromSoftware e achou que conseguiria fazer o mesmo. Palmando alguns recursos pelo caminho até os fãs toparem.

Sendo advogado do diabo, entendo este querer da Archangel Studios em lançar um soulslike por ser uma alternativa mais económica face a outros géneros. Os sistemas de combate não pedem tanta complexidade, os momentos cinematográficos são escassos e básicos; idem para as narrativas. Depois, é só subir a dificuldade. Há uma série de alíneas para lançar estes jogos e fãs que estão sempre à procura de mais. Só que o rácio de títulos desinspirados bate os que são verdadeiramente bons, como um recente Lies of P, por exemplo.

Bleak Faith: Forsaken
Bleak Faith: Forsaken (Archangel Studios)

Se há algo de positivo a dizer é o louvar do trabalho desta equipa de pouquíssimas pessoas e de terem anunciado um soulslike em mundo aberto ainda antes de termos o Elden Ring. Eventualmente, este último viu a luz do dia e ainda recebeu uma enorme expansão com uma excelente receção. A fasquia estava tão elevada que até Anthony Ammirati teria problemas em saltar por cima. Bleak Faith: Forsaken saiu primeiro em PC e foi um desastre “daqueles”. Com atualizações e refinações constantes, eventualmente chegou às consolas para que mais pudessem sofrer.

Dois detalhes positivos, e já estico a corda, é a arte de Bleak Faith: Forsaken que funde a ficção científica à fantasia, desperdiçada neste mundo aberto paupérrimo, e o ótimo design sonoro ambiente. De resto, não senti muito de positivo neste monelho de problemas técnicos, desde controlos que não respondiam a personagens presas no cenário.

No fundo, Bleak Faith: Forsaken é uma boa ideia envolvida numa execução fraca com elementos que não combinam.

Cópia para análise (versão PlayStation 5) cedida pela Perpetual Europe.

André Pereira
André Pereira
Formado em Tradução, escrevo sobre jogos desde 2008. Ou tento. Respiro RPG e isso é um problema num backlog crescente.
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