Já aqui falámos nesta plataforma. Fundada em 2007, a Babbel é a primeira aplicação para a aprendizagem de idiomas e tem o compromisso de ajudar os utilizadores a aprenderem uma língua por meio de lições didáticas elaboradas por especialistas.
Ao todo, o serviço disponibiliza 14 idiomas para aprendizagem a partir de seis línguas de referência.
Na prática, a gramática e vocabulário de outros idiomas são ensinados a partir de situações do quotidiano, ou seja, conversações reais, o que ajuda a melhor compreender a língua em questão e a como usá-la adequadamente. Podes fazê-lo através do site oficial ou da aplicação, disponível para iOS e Android.
Com a adesão ao serviço a aumentar significativamente no nosso país – mais de 5 mil utilizadores -, e com uma plataforma com mais de um milhão de subscritores ativos em todo o mundo, é uma aplicação que começa a ser falada e divulgada mais frequentemente entre todos.
Para ficarmos a saber mais sobe a Babbel, como funciona e o que a torna verdadeiramente interessante, estivemos à conversa com o Country Manager Southern Europe da empresa alemã, Biagio Di Leo, que explica em que estado é que a Babbel se encontra e o que podemos esperar no futuro.
Echo Boomer (EB): Como explicaria esta plataforma a alguém que nunca ouviu falar sobre ela?
Biagio Di Leo (BL): A Babbel é uma aplicação que ajuda os utilizadores a aprenderem um novo idioma de forma mais fácil e eficiente. Com a Babbel, qualquer pessoa pode falar um idioma como sempre quis.
A app de aprendizagem de línguas Babbel para a web, iOS e Android facilita a aprendizagem de 14 idiomas diferentes a partir de sete idiomas disponíveis. As pequenas lições encaixam-se perfeitamente na vida do quotidiano e estão divididas em tópicos úteis do mundo real, desde saber apresentar-se, a fazer pedidos em restaurantes e a tratar de viagens.
Ao aprender um idioma, nada é mais gratificante do que aprender a falar. Na verdade, 73% dos nossos clientes acham que conseguiam conversar após utilizarem a aplicação nas primeiras cinco horas (fonte: questionário a utilizadores da Babbel). O nosso foco mantém-se firme em capacitar os utilizadores para começarem a falar um novo idioma.
EB: Qual é a origem da Babbel? Quais foram as motivações para levar frente este projeto adiante?
BL: A história de Babbel começou em 2007 quando o CEO Markus Witte, juntamente com o Thomas Holl, Lorenz Heine e Toine Diepstraten (Toine e Lorenz entretanto deixaram a Babbel) descobriram que não havia realmente nenhuma forma de aprender uma língua online. Embora não tivéssemos grande experiência a nível de ensino, decidimos criar uma aplicação para aprender línguas e para que todos pudessem utilizar com satisfação. E assim, em 2008, nasceu a Babbel, uma aplicação que combinou novas tecnologias com metodologias já comprovadas para ajudar as pessoas a aprender uma nova língua com base no conhecimento prévio do seu próprio idioma. É uma abordagem que é ainda única da Babbel.
EB: Como é que as pessoas estão a reagir?
BL: Estamos a crescer rapidamente desde então: mais de 1.500.000 assinantes ativos pagantes estão a aprender 14 idiomas diferentes, do espanhol ao indonésio.
EB: Em que é que a Babbel se distingue de outras plataformas de tradução/apps?
BL: A primeira diferença importante é que a Babbel conta com cerca de 100 pessoas a trabalhar no departamento de didática, profissionais altamente experientes que se concentram exclusivamente na criação de conteúdo. Isto é muito importante para nós porque, desta forma, os nossos utilizadores podem confiar na qualidade e na metodologia dos cursos que foram previamente pensados por experts.
As pessoas que procuram aprender um novo idioma enfrentam uma série de obstáculos essenciais para a aprendizagem de sucesso. Por norma existem três tipos de limitações: tempo, dinheiro e motivação. Essas limitações são as principais razões pelas quais os produtos tradicionais para aprender línguas – livros, CD-ROM, DVDs, etc. – muitas vezes não funcionam.
A Babbel procura dar resposta a essas questões de várias formas. Em primeiro lugar, os nossos cursos são projetados para serem completados em pequenos blocos e as apps móveis garantem que a aprendizagem pode ocorrer em qualquer lugar. Esta maneira é mais conveniente para aprender um idioma do que estudar por períodos prolongados com menos regularidade.
Em segundo lugar, esta aplicação é extremamente acessível. A Babbel é um produto premium, mas temos uma base de utilizadores suficientemente grande para que possamos manter o custo das nossas assinaturas comparativamente baixo. O nosso preço contrasta com os custos restritivos associados aos métodos que exigem a compra de media física.
Além das despesas, os produtos multimédia tradicionais acabam por ganhar pó na prateleira. O método da Babbel orienta os utilizadores através de cursos com pequenas etapas, com foco na linguagem necessária para propiciar as interações que os utilizadores esperam ter quando iniciam esta jornada linguística. Esta abordagem motiva o aluno, criando confiança e recompensando o progresso desde o início. O facto de um utilizador permanecer com a Babbel, em média, por mais de 12 meses, é a evidência da eficácia desta abordagem.
EB: Como é que esta aplicação é útil para aqueles que já conhecem +3 idiomas?
BL: Muito útil! Quanto mais idiomas uma pessoa sabe, mais fácil é aprender outro. Estudantes de línguas que já conhecem mais de três idiomas geralmente já aprenderam o melhor caminho para atingir OS seus objetivos: têm disciplina, sabem quando é a melhor hora do dia para aprender e qual a periodicidade. Aprender um idioma a partir do zero com a Babbel é muito fácil, especialmente se for um poliglota com capacidade de aprender de forma independente.
EB: Como é que vê a Babbel nos próximos anos?
BL: A Babbel não pretende substituir escolas, cursos de línguas ou livros. No entanto, acreditamos que a Babbel constitui a forma perfeita de começar a aprender e utilizar uma nova língua – especialmente para aqueles que perderam a coragem ao longo de um modelo de aprendizagem institucionalizado – e é por isso que estamos conscientemente a construir uma rede de aplicações para lutar contra isso. Uma vez atingidos os níveis intermédios, os alunos podem sempre recorrer a outros meios, como livros, colegas ou realizar viagens para aperfeiçoar as suas ferramentas. Combinar métodos é a melhor maneira de aprender línguas a um alto nível. Isto significa que a missão da Babbel não é acabar com o mercado educativo, mas sim fortalecê-lo. Nos próximos anos, a Babbel vai oferecer oferecer cursos mais especializados (viagens, trabalho, diversão, etc.), mais opções de aprendizagem (Babbel Live ou chatbots, por exemplo), mais idiomas (como o polaco) e continuará sempre a seguir a sua missão: “Todos a aprender línguas”.
EB: Para si, o que é mais valioso: a possibilidade de demonstrar capacidades em comunicação ou a experiência em estudos avançados?
BL: Como dissemos, o objetivo da Babbel é permitir que os nossos alunos conversem o mais rápido possível. A razão é simples: as línguas são algo vivo, que evoluem connosco e continuam em constante mudança. Somente uma utilização frequente e as interações com outras pessoas podem tornar o esforço da aprendizagem valioso.
Aprender uma nova língua é fundamental para melhorar a nossa capacidade comunicativa. É algo que nos ajuda a ter mais confiança em expressar as nossas ideais e sentimentos aos outros, além de ser a melhor forma de fazer parte de uma comunidade e entrar em contacto com a essência de uma pessoa.
EB: Qual é o idioma mais procurado e solicitado na aplicação?
BL: O inglês ainda é a língua mais solicitada, pois ainda é a língua fundamental para o trabalho, seguida do espanhol, francês e italiano. Mas também vemos um interesse cada vez maior em línguas como o norueguês ou o indonésio. As pessoas querem aprender porque viajam ou apenas porque têm interesse em diferentes culturas.
EB: A médio prazo, quais os idiomas que vamos poder encontrar na aplicação?
BL: Explorámos algumas opções, mas, para já, o nosso foco não passa por adicionar novas línguas.
EB: Há planos para ter a aplicação Babbel em português de Portugal?
BL: Atualmente não há planos para não incluir o português de Portugal, mas o futuro o dirá. O Brasil é o maior país da América Latina, daí termos começado por aí há algum tempo atrás. Ao longo dos anos desenvolvemos muito conteúdo de qualidade e seria uma pena se isso não fosse partilhado com os nossos alunos portugueses.