Assinado contrato para o projeto de execução de ampliação da Estação do Oriente

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Bem como do Viaduto Ferroviário de Transição.

Em 1996, no âmbito da realização da Expo 98, foi adjudicado o projeto de execução do Complexo da Plataforma Intermodal da Estação do Oriente, cuja empreitada foi concluída em 1998.

A Estação do Oriente, da autoria do arquiteto Santiago Calatrava, é uma estação intermodal, com interligação subterrânea com o Metropolitano de Lisboa, com a Rodoviária no piso térreo e com a Ferrovia sobre os tabuleiros. Nos pisos intermédios da estação, possui instalações de apoio técnico e comercial, assim como estacionamento. Adjacente ao viaduto da estação, encontra-se o Viaduto Ferroviário de Transição (VFT), sobre o qual se estendem as plataformas ferroviárias da estação e, sob estas, existem instalações técnicas IP (piso 0) e de estacionamento (pisos +1 e +2).

A estação dispõe, atualmente, de 8 linhas para o serviço convencional. A análise da viabilidade física para a inserção de uma nova topologia na estação, realizada pela ex-RAVE, concluiu que o número máximo total de linhas (Alta Velocidade e Convencional) necessário será de 11. Este dimensionamento foi mais recentemente confirmado pela IP – Infraestruturas de Portugal, pelo que, no âmbito de um contrato de projeto autónomo, foi incluída a reformulação integral do diagrama de via da EO, para inserção das 3 vias adicionais.

A materialização das três novas linhas, associadas ao serviço AV, implica o alargamento da estação atual para poente, posicionando-a sobre a estação do Metropolitano de Lisboa. A sua viabilidade impõe o necessário respeito pela solução estrutural atual, replicando-a sob as novas plataformas.

Em 2008, na sequência da identificação da necessidade de ampliação, a ex-RAVE contratou, ao arquiteto Santigo Calatrava, a Prestação de Serviços de Arquitetura e Engenharia relativos à Ampliação da Estação do Oriente e sua Adaptação à Alta Velocidade.

O Projeto de Execução foi entregue em 2011 mas, em razão da não implementação do projeto da AV, não chegou à fase de obra, tendo, por consequência, o respetivo contrato que lhe deu origem sido extinto.

A IP pretende, agora, que o projeto desenvolvido pela ex-RAVE em 2011 seja revisto e atualizado, de acordo com o normativo legal em vigor e com os novos requisitos técnicos e funcionais do projeto AV e, complementarmente à ampliação, que seja desenvolvido o projeto de reabilitação da estação atual. E tudo isto graças à celebração do contrato para o projeto de execução da ampliação da Estação do Oriente, cujo projeto de arquitetura ficará novamente a cargo do arquiteto Santigo Calatrava.

Assim, e além da ampliação para um total de 11 linhas, a Estação do Oriente será também requalificada. Por exemplo, as duas novas plataformas de passageiros devem possuir 420 m úteis de comprimento e 760 mm de altura, entre a cota da mesa de rolamento e a superfície da plataforma. Já as barreiras corta-vento existentes da estação ferroviária, localizadas no topo das fachadas nascente e poente, não garantem o conforto dos passageiros nem a proteção necessária à intempérie, pelo que deve ser prevista a alteração/revisão da solução arquitetónica das barreiras novas e existentes.

Com isto, devem ser previstos abrigos/corta ventos, em todas as plataformas atuais e futuras, localizados no ponto de paragem dos comboios e de maior acumulação de pessoas, equipados com proteções laterais e superiores, bancos, papeleiras/recipiente para resíduos, iluminação integrada, um espaço libre para uma cadeira de rodas, pré-instalação de videovigilância e porta-cartazes e/ou virtrinas para afixação de horários, mapas de rede e outras informações de interesse.

Está previsto um comboio “low-cost” em hora de ponta

De acordo com a IP, as duas novas plataformas serão afetas ao serviço Alta Velocidade e Intercidades. Na plataforma 1 (localizada a poente), em hora de ponta, prevêem-se 4 comboios AV e 1 comboio IC, enquanto que, na plataforma 2, em hora de ponta, prevêem-se 7 comboios AV e 1 comboio IC.

Os comboios AV transportam 404 passageiros e os IC transportam 526 passageiros, estando admitida a possibilidade de, em hora de ponta, 1 dos comboios ser “low-cost” e possuir uma lotação de 1260 passageiros.

Diz a IP que, “admitindo uma ocupação média de 50% em hora de ponta, preveem-se 3078 passageiros/hora para o serviço AV”, e que, “admitindo uma taxa de ocupação média de 50%, em hora de ponta a plataforma 1 servirá 1499 passageiros/hora e a plataforma 2 servirá 2105 passageiros/hora”.

Além disso, e em relação à Alta Velocidade, serão criados novos espaços para todos os operadores AV na Estação do Oriente, onde se incluem bilheteiras, instalações sanitárias e sala de espera.

Este contrato está avaliado em 10,4 milhões de euros, com IVA incluído. Com este projeto de execução, o objetivo é viabilizar o início da construção da ampliação da Estação do Oriente antes do final de 2024.

Recorde-se que a Linha de Alta Velocidade (LAV) Porto/Lisboa constitui o elemento estratégico mais relevante da área temática “Transportes e Mobilidade” do Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI2030). Será desenvolvida por fases, articuladas com a Linha do Norte, sendo a primeira correspondente ao troço entre Porto e Soure e a segunda ao troço entre Soure e Carregado, utilizando a bitola ibérica (1.668 mm).

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5 Comentários

  1. Lamentável é mesmo se continua Investir na bitola ibérica. Quando é que vamos abrir o olho e começar a tornar nos europeus? Fazer uma linha AV que Depois não conecta com a linha AV espanhola que essa sim já é a bitola europeia…. Ah ok Depois fazemos o transbordo na fronteira lol

  2. Com um vasto terreno baldio entre as estações de Oriente e Braço de Prata, por que não criar uma estação B como existe em Entrecampos a “falecida” estação Entrecampos-Poente? Uma para suburbanos e regionais, outra para longo-curso e internacionais. Será utópico?

  3. Uma estação que foi feira para a forografia, não dispõe de abrigos, com pouquíssimos lugares sentados para espera dos comboios que foram sucessivamente suprimidos, uma estação porca njnca ninguém a limpou… pagam um projecto tão caro e depois é impossível mantê-la limpa agora vão ampliar uma coisa em vez de lhe fazerem obras de limpeza e manutenção.
    Elevadores de acessos aos diversos patamares sempre avariados, paragens de autocarros mal assinaladas, e podia continuar a indicar tudo o que de muito mau tem esta estação. É tudo aos milhões gastar dinheiro e posar para as forografias… não tem noção do que é ser responsável peka causa pública.

    • É referido que vao dar resposta às suas questões: “devem ser previstos abrigos/corta ventos, em todas as plataformas atuais e futuras, localizados no ponto de paragem dos comboios e de maior acumulação de pessoas, equipados com proteções laterais e superiores, bancos, papeleiras/recipiente para resíduos, iluminação integrada… “

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