Algumas das funcionalidades chaves ficarão disponíveis na app CaixaDirecta da CGD.
Estávamos em 2019. Na altura, a CGD anunciava uma espécie de “novo personal trainer financeiro que o apoia nas decisões do seu dia-a-dia, tendo em conta os seus padrões de consumo e os seus objetivos financeiros”. Dava pelo nome da DABOX e, essencialmente, ao permitir que juntássemos todas as nossas contas bancárias num só local, a DABOX iria reeducar-nos no que toca aos nossos gastos monetários.
Com oito categorias diferentes, que se distribuíam por 46 subcategorias, os portugueses conseguiam ter noção do quanto gastam em compras no supermercado, em lazer, transportes e combustível, etc.
Ou seja, tendo estes dados, os utilizadores podiam definir objetivos de poupança e orçamentos específicos para determinado tipo de despesas, que eram monitorizados pela app, para ajudar a gerir melhor o rendimento disponível. Podia também alertar os utilizadores através de notificações ou alguns indicadores, caso estivessem muito abaixo do que era suposto gastarem ou estivessem perto desse valor, e alertava também para detalhes como débitos duplicados, movimentos estranhos ou a ocorrência de saldos anormalmente baixos.
No fundo, a DABOX servia para gerir a vida financeira, com a Caixa Geral de Depósitos a chamar-lhe na altura a “primeira solução de open banking em Portugal”. Mas o seu tempo de vida chega agora ao fim.
Num email enviado aos seus clientes, a CGD dá conta que a app DABOX vai deixar de estar disponível para utilização ou download a partir do dia 1 de janeiro de 2024.
“É importante para a Caixa disponibilizar a gestão das finanças pessoais de forma fácil e intuitiva ao maior número de pessoas. Desta forma, as funcionalidades chave da DABOX serão brevemente integradas na App Caixadirecta, proporcionando a experiência DABOX com a utilização de apenas uma app”, refere a CGD para explicar o porquê de descontinuar a app.
Assim, os dados de transações, incluindo a categorização de movimentos, assim como os orçamentos e objetivos de poupança, serão eliminados a partir de 31 de dezembro e deixarão de poder ser acedidos na app DABOX.
Ou seja, o objetivo é que a DABOX acabe por ser absorvida pela app Caixadirecta, ou pelo menos algumas das suas principais funcionalidades. Algo que não é propriamente surpreendente, numa altura em que cada vez mais bancos adotam o conceito de open banking.
