Super Robot Wars 30 – Robôs à batatada para quem gosta de visual novels

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A celebração das maiores franquias de Mechas acontece num jogo perdido no tempo que chega finalmente ao ocidente.

Tenho uma estranha relação com o género mecha. Por um lado, não é o meu favorito, por outro, adoro robôs gigantes e alguns dos meus animes favoritos de sempre encontram-se, de alguma forma, ligados ao género. Por isso, quando soube de um jogo que seria uma celebração do género e com a inclusão de alguns desses icónicos robôs, fiquei imediatamente entusiasmado.

Falo, obviamente, de Super Robot Wars 30, que apesar de contar com uma longa história de entradas, eu desconhecia por completo. Algo que justifico com o facto de esta ser a primeira vez que chega ao ocidente e ao PC via Steam.

Se esperava por um jogo cheio de ação onde poderia controlar um Gundam, ou um mecha de Code Geass, as expectativas caíram-me ao chão à velocidade terminal quando me apercebi que Super Robot Wars 30 não é um jogo do estilo ao que estou habituado, mas sim metade visual novel, metade jogo de estratégia por turnos.

Rapidamente me tornei resistente à ideia de Super Robot Wars 30, porque objetivamente requer uma de duas coisas: investimento pessoal e conhecimento da série/género ou vontade em aprender e conhecer o jogo, dois elementos que me faltaram durante as minhas experiências.

Não vou mentir e dizer que “gostei muito”, mas também não sinto que tenha experienciado o suficiente para dizer que é um mau jogo. Por isso, deixo o alerta aos mais curiosos para que não entrem às cegas em Super Robot Wars 30, como eu me propus a fazê-lo.

Super Robot Wars 30 apresenta-se como um jogo narrativo, onde podemos escolher a nossa personagem, um rapaz ou rapariga, cujo destino os leva a ter que controlar robôs para salvar o mundo. Uma premissa cliché, mas que tem este pequeno twist dirigido aos fãs do género: uma história que se cruza com diferentes universos de histórias mecha, com recriações de cenas dos seus animes em momentos chaves. É, no fundo, uma celebração, cheia de fan-service para quem adora o género.

Super Robot Wars 30 não é narrativamente complexo, mas adora complicar-se com longas sequências de diálogos no registo de visual novel, que duram demasiado tempo para apresentar situações simples com uma intensidade por vezes exagerada. Um problema comum na generalidade dos animes, com muita exposição à mistura.

A jogabilidade também é superficialmente simples, com um sistema por turnos onde movemos os nossos mechas no campo de batalha e os posicionamos frente a frente para atacar, antes dos pequenos confrontos animados se desenrolarem quase automaticamente à nossa frente. A profundidade da jogabilidade é encontrada através das ordens que podemos dar e da gestão de itens e armas que podemos usar nos mechas, evocando aquela profundidade que encontramos em RPGs mais tradicionais.

Missão atrás de missão, o jogo é consistentemente repetitivo na sua oferta, com os cenários e situações a darem o ar de sua graça. Seria algo mais divertido e aliciante se não fosse a sua apresentação pouco dinâmica.

Super Robot Wars 30, apesar do seu tremendo potencial, é um jogo pouco bonito ou interessante, não só por adotar a estética anime e o registo de visual novel, mas também pelas suas cenas de ação em “papel” com animações e sequências que lembram os jogos flash. No fundo, é um híbrido de manga/anime interativo que talvez resultasse quando originou, em 1991.

A verdade é que, apesar da sua premissa e potencial, Super Robot Wars 30 não me convenceu. Mea culpa por não ser fã do que se faz no oriente dentro deste género, ou pela minha falta de interesse em querer aprofundar o meu conhecimento no lore e nas mecânicas do jogo. Não tenho dúvidas que pode ser uma ótima e entusiasmante celebração para o seu nicho de fãs.

Cópia para análise (versão PC) cedida pela Bandai Namco.

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