Análise – Star Hunter DX (Nintendo Switch)

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Este novo shoot’em up revela como serão as viagens espaciais se os bilionários tomarem contra do espaço: um aborrecimento e uma irritação permanente.

É difícil não sentir que Star Hunter DX é uma oportunidade perdida. O problema não reside na jogabilidade ou na estrutura dos níveis e no equilíbrio da sua dificuldade – ainda que seja um jogo impróprio para iniciantes no género –, mas sim numa falta acentuada de conteúdos e de motivos para regressar às batalhas espaciais. Star Hunter DX é um lançamento seguro, pensado apenas para os fãs de shoot’em ups, mas sem grandes alicerces para uma maior longevidade fora da busca incansável pelas melhores pontuações.

Com três personagens à disposição, sendo que apenas uma está disponível no início da campanha, Star Hunter DX divide-se através de seis níveis divididos por combates frenéticos, padrões impossíveis de balas e outros perigos espaciais, culminando, como sempre, numa batalha contra um dos enormes e desafiantes bosses finais. A estrutura é familiar e Star Hunter DX só se torna marcante pela sua insistência em ser tudo menos memorável, relegando as atenções para níveis caóticos, pouco interessantes a nível visual e com uma visibilidade pouco satisfatória – no entanto, este caos poderá ser controlado através dos três níveis de dificuldade.

Cada piloto tem as suas vantagens e tipos de ataque, mas pouco muda em ação. Star Hunter DX relembra-me, nos melhores momentos, títulos como Mars Matrix, onde os combates tentam ser mais um equilíbrio entre a defesa e o contra-ataque do que o melhoramento constante do poder de ataque e das habilidades especiais da nossa nave. Um sinal desse foco é o facto da tradicional bomba destrutiva, um elemento clássico em qualquer título do género, não estar presente, dando lugar a uma aura que bloqueia os ataques inimigos por meros segundos. Esta aposta na defesa e na pontuação também se faz sentir na habilidade especial das naves, que permite transformar todos os projéteis de uma nave inimiga em cubos dourados. No que toca à jogabilidade, as opções são poucas, mas é agradável existirem dois modos de disparo: um mais concentrado e poderoso, e outro mais disperso, que permite atacar vários inimigos em simultâneo.

E é isto. Isto é Star Hunter DX. Não há muito mais para criticar, infelizmente. Os níveis são desinteressantes, os padrões são demasiado irregulares e espáticos, e as naves não adicionam diferenças significativas que justifiquem o investimento dos jogadores. É um mau jogo? Não o considero como tal, mas é apenas a planta para algo melhor que, infelizmente, não está presente. A arte é banal, o preço não é o mais convidativo e existem neste momento ofertas mais apetecíveis na Nintendo Switch: é a dura verdade.

No entanto, existem achievements, que o jogo intitula de “challenges”, para colecionarem se assim o quiserem, e as batalhas contra os bosses estão divididas em dois momentos, onde no final é necessário parar a fuga destes inimigos mais desafiantes. Afinal existem conteúdos! Segue-se o som dos grilos.

Nota: Satisfatorio

Disponível para: PC e Nintendo Switch
Jogado na Nintendo Switch
Cópia para análise cedida pela Player Two PR.

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