Análise – Razer Raiju – Para jogar como um Pro

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Enquanto a Sony não lança uma revisão ou uma versão “profissional” dos seus já excelentes DualShock 4 para a PlayStation 4, marcas como a Razer chegam-se à frente com as suas propostas. O Razer Raiju é a oferta da marca dedicada a periféricos gaming oficialmente licenciada pela empresa nipónica, e é uma solução bastante interessante para os jogadores mais dedicados.

Logo na caixa podemos ler “Designed for ESport”, um indicador de que estamos perante um comando otimizado e afinado.

O mesmo também se pode concluir ao olharmos para o comando. Com uma distribuição dos botões e dos seus analógicos relativamente iguais à do comando original, o Raiju sobressai-se pelo seu aspeto mais encorpado, pelo painel de controlo extra no fundo e pelos seus quatro novos gatilhos na traseira. É, sem dúvida, um comando cheio de botões, mas todos com uma finalidade.

Algo que é necessário ter em conta é que o Razer Raiju não funciona sem fios, nem tem uma bateria interna, o que pode ser um problema para os que precisam de todos os milissegundos de reação. Contudo, podem ficar de consciência tranquila que nenhuma informação é perdida com tempos de latência que existem em soluções sem fios, especialmente se estivermos a falar em jogos de tiro na primeira pessoa.

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O Raiju, neste caso, inclui um excelente cabo de alta qualidade e com o comprimento suficiente para nos afastarmos da nossa consola à vontade.

Com o seu aspeto mais encorpado, o Razer Raiju tem uma ergonomia que preenche por completo as nossas mãos, aproximando-se muito da experiência de pegar num comando da Xbox One.

Conta ainda com materiais antiderrapantes, aborrachados e confortáveis nas zonas de pega e todos os gatilhos extra apresentam-se em pontos de ação bastante fáceis de chegar. O Razer Raiju adapta-se na perfeição às mãos do jogador.

A vantagem deste volume extra é dirigida aos jogadores com mãos maiores. Face aos seus antecessores, o DualShock 4 foi uma revisão excelente a nível de ergonomia, ao mesmo tempo que manteve o seu desenho icónico, mas continuando a ser um comando relativamente pequeno, contido e algo esguio. No Raiju, esse “problema” foi resolvido.

É claro que esta e outras alterações, por muito boas que sejam, causam alguma estranheza inicial e requerem habituação. Uma dessas alterações tem a ver com os botões icónicos da PlayStation, no lado direito, que se apresentam pequenos, espaçados e com um relevo mínimo.

Inicialmente poderá parecer que são baixos demais, mas, na prática, é possível colocar o polegar confortavelmente no centro deles e deslocar rapidamente entre todos os botões.

A sensação de clique aqui também é ótima, com uma ótima resposta e sensação semelhante às teclas de um teclado mecânico, e tornou-se, pessoalmente, uma preferência em relação aos botões do comando original.

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Nos analógicos temos um revestimento de borracha destacável em azul, que por baixo revelam uns analógicos mais pequenos. Aqui a utilização fica ao critério do utilizador, que poderá substituir as borrachas por outras. Mas estas, por defeito, são perfeitas.

Os analógicos com este revestimento apresentam uma ligeira concavidade e são antiderrapantes, resultando num controlo aprimorado. O alcance do movimento é bastante amplo e apresentam-se bastante sensíveis. Em jogos em que o movimento é chave, estes analógicos são perfeitos.

Já os botões direcionais representam um passo atrás. Também eles ligeiramente mais pequenos que o normal e com uma altura também ela menor, são mais resistentes à pressão e nem sempre são tão responsivos quanto isso.

Também se destacam por serem botões independentes, o que poderá dificultar a utilização de padrões e combinações em eixos intermédios. Ou seja, só temos quatro direções.

Ainda na parte frontal encontramos o trackpad do DualShock 4, com uma área de superfície igual ao original e bastante responsivo. As únicas diferenças relevantes estão no tato menos liso e nas bordas menos arredondadas.

Mais do que ajustes, afinações e elementos redesenhados, temos os gatilhos extra e as diferentes formas de utilização do Raiju.

Os novos gatilhos e botões de ombro (R1/L1 + R2/L2) são, em formato e ergonomia, iguais aos que encontramos no comando da Xbox One, o que, tendo em conta o formato do comando, mais uma vez encaixa que nem uma luva. Até no modo como respondem e na sua resistência são bastante semelhantes.

Mas há um pormenor que pode tornar a experiência em jogos de tiros muito mais responsiva. Graças dois pequenos trincos que trancam os gatilhos de modo a diminuir o tempo de ação ao chegar ao final do gatilho. Desta forma, o jogador poderá definir, de acordo com o tipo de jogo, o modo de pressão. Um bom exemplo desta utilização será em jogos como GTA, onde num veículo usamos a pressão normal para a condução, e, nos segmentos de tiros, podemos ter um disparo mais rápido e preciso.

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Existe ainda a adição de quatro novos botões semelhantes aos R e L, em cima, ao nível da ponta dos nossos dedos indicadores, e na parte traseira do corpo do comando, com o formato de gatilhos. Todos estes botões, assim como o restante comando, são programáveis e servem de atalhos rápidos. Um exemplo é usar estes botões em vez das ações do X, quadrado, triângulo e bola, sem tirar os dedos dos analógicos. Todos eles estão muito bem posicionados e são altamente clicáveis.

Se há algo excelente no Raiju é a sua resposta e sensibilidade, embora em algumas ocasiões possa tornar-se irritante com pequenos toques acidentais, como é o caso dos dois gatilhos traseiros. Felizmente a Razer permite que estes sejam desaparafusados e retirados, deixando a sua traseira livre.

O Raiju permite ainda programação de dois perfis de jogo, onde podemos definir as ações de diferentes teclas, sem termos que usar o painel de definições da PlayStation 4. Esta programação é simples e a Razer explica sucintamente no seu manual como o fazer. É especialmente útil em jogos que a jogabilidade ou estilo de jogo mudam constantemente, bastando um botão para mudar o seu perfil.

Contudo, existem dois pormenores que podem comprometer a experiência de jogo, especialmente quando se torna demasiado notório.

A qualidade de construção do Razer Raiju é eximia. É um periférico robusto, confortável, cheio de detalhes e materiais excelentes. Todavia, alguns dos seus botões, especialmente os frontais, chocalham um pouco mais do que seria desejado, o que, com o sistema de vibração ativo, torna a experiência de utilização barulhenta.

A alternativa para fugir a este pormenor será a utilização de auscultadores, uma vez que o Raiju contém porta de 3.5mm com suporte para microfone. No entanto, esta também se revela uma má opção para usar auscultadores e ter uma experiência melhorada. Quaisquer que sejam as condições, com microfone ativo ou não, há um ruído persistente em momentos que deveriam de ser de silêncio, algo que não ocorre no comando original da PlayStation 4.

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Outras funcionalidades que ficaram de fora do Raiju face ao comando tradicional da consola são: a barra de luz e o pequeno altifalante embutido. Ausências que na maioria, ou em quase todos, os jogos pouca utilidade têm, portanto podemos dizer que nada se perdeu.

O Razer Raiju é uma de várias opções disponíveis para quem procura um comando personalizável e mais ergonómico que o original. Inclui imensas novidades úteis e é bastante versátil e adaptável às necessidades de diferentes tipos de utilizador. É, sem dúvida, um dos comandos mais confortáveis de se usar.

O Razer Raiju é ainda compatível com o PC, tornando-se uma excelente alternativa para quem joga nas duas plataformas.

O Razer Raiju encontra-se à venda por um preço recomendado de 169,99€.

Razer Raiju
Nota: 8/10

O equipamento foi cedido para análise pela Razer.

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