EA SPORTS NHL 22 – De olhos postos no futuro, mas ainda a patinar

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Enquanto as novidades não são arrebatadoras ao ponto de justificar o valor extra pela versão da nova geração de consolas, a introdução do novo motor de jogo da Frostbite veio melhorar em muito a performance do jogo, em cima do gelo.

Depois de experimentar MLB The Show para me obrigar a perceber o basebol enquanto desporto, foi a vez de direcionar a minha atenção para NHL 22 de forma a aprender tudo o que envolve o Hóquei no Gelo. E ao fim de quase duas dezenas de horas a patinar no gelo, posso dizer que me sinto cativado pelo desporto e bastante satisfeito com o jogo em si.

Sendo que este é o meu primeiro contacto com um jogo desde desporto, vou resumir um pouco o que foi a minha experiência, após a interação com os mais variados setores do jogo. Refiro-me à interface, aos modos de jogos, aos gráficos, às mecânicas e desempenho.

A interface é um pouco confusa. A EA Sports parece estar a apostar em menus dinâmicos (com a secção “recommended” na aba “for you”) com um algoritmo AI simples que reorganiza o menu base, à semelhança do que se verificou em FIFA 22. Contudo, a UI (User Interface) não é tão atrativa, nem intuitiva à primeira vista. Isso faz com a a UX (User Experience) também não seja a mais agradável.

Os modos de jogo oferecem uma panóplia de opções para todos os gostos. Ressalvo o destaque para o modo de franchise, que se assemelha ao modo de carreira, e o modo de campanha Pro, que é o que tenho jogado mais. Neste modo de campanha é possível criar um jogador de raíz e começar uma carreira do zero rumo à glória. Pelo meio, com base no desempenho durante os jogos e cumprimento de objetivos, ganha-se experiência e pontos de perícia para ir melhorando os atributos gradualmente. Só fiquei de pé atrás com o facto de ser um modo silencioso e pouco dinâmico no que toca a interações, com as conversas em pessoa a serem feitas por mensagem escrita. É um bocado estranho e rouba brilho à imersão do modo. Em contrapartida, é dado uso a uma dinâmica muito interessante que permite usar o dinheiro que se vai ganhando ao longo da carreira para comprar bens materiais e melhorar a estrutura de apoio à nossa progressão. Cada um destes investimentos vai melhorar os atributos do jogador criado. Para além destes, podemos criar torneios, jogar uma temporada ou apenas os playoffs, e ainda há jogo de 3 para 3 e sarrabulho com três jogadores apenas.

Nos modos online a estrela é o Ultimate Team, cuja semelhança na designação com o mesmo modo em FIFA não é coincidência. Funcionam de forma muito idêntica! O World of CHEL é um género de Pro Clubs, onde criam o vosso jogador personalizado e jogam com e contra outros jogadores de todo o mundo. À semelhança do modo offline, também é possível disputar jogos 3 vs 3 online. Depois há o clássico PvP a solo e em co-op. Por fim, existe o Hot Rush, que é um modo de jogo rápido e divertido, cujas regalias desbloqueadas estão diretamente ligadas com o Ultimate Team.

O grafismo do jogo, na sua generalidade, surpreendeu pela positiva. A versão otimizada para a nova geração de consolas tem um nível de detalhe e realismo muito bom dentro de campo nas mais determinadas situações de jogo. Os adeptos podiam estar melhores, é um facto, mas quando comparando com outros jogos desportivos, até pode ser considerado que estão bem feitos. Já os jogadores também estão extremamente idênticos à realidade.

Fiquei também admirado pelo resultado e efeitos da interação dos patins com o gelo que se faz notar, apesar de ainda precisar de um leque maior de animações. Já o movimento dos jogadores ainda precisa de muito trabalho, sendo que as falhas notam-se bastante nas repetições em câmara lenta.

As mecânicas do jogo podem ser caracterizadas pela simplicidade. Os comandos são relativamente fáceis de dominar e há três presets disponíveis, sendo que eu uso o intermediário. O mais difícil de dominar são os timings, mas, no geral, este jogo é muito acessível para quem estiver a começar, tal como eu. No que toca ao jogo em si, a física do (puck) disco e do stick e da interação entre os dois é fantástica, criando entusiasmo enquanto se joga.

Nota negativa para os X Factors, que representam um boost a uma determinada skill de um jogador. Porém, e para além de serem raros, dificilmente se nota a sua influência no jogo. Nota negativa também para os comentários, que são repetitivos, principalmente quando são os comentários a falar dos x-factors dos jogadores.

Em suma, o NHL 22 para a nova geração de consola apresenta melhorias, mas não é revolucionário. As boas notícias é que há muito por onde melhorar e o motor de jogo potenciado pela Frostbite parece estar a surtir efeitos, tendo arrancado de forma muito positiva. Caso tenham realmente curiosidade em experimentar Hóquei no Gelo, queiram desintoxicar de FIFA ou NBA e tiverem uma consola de nova geração, acho que vão conseguir desfrutar do NHL. Caso contrário dêem mais um anito à EA Sports que o potencial de melhoria é imenso.

Cópia para análise (PlayStation) cedida pela Electronic Arts

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