Análise Horizon Zero Dawn: The Boardgame – The Forge & Hammer Expansion

- Publicidade -

A expansão The Forge & Hammer celebra uma das tribos mais hospitaleiras, mas uma das mais rijas também, os Oseram. No entanto, o conjunto de máquinas que seguem com esta expansão é ainda mais rijo.

The Forge & Hammer é uma expansão dotada de grafismo estilo savana africana e máquinas que se assemelham a animais típicos do mesmo continente, tais como a gazela, o abutre, o caneiro e o tigre. Apesar dessas máquinas terem algumas parecenças com o jogo base, a nível de estrutura e até comportamento – nomeadamente o Charger com o Strider, o Lancehorn com o Grazer e, ainda que em tom mais ligeiro, o Ravager com o Sawtooth – há novidades interessantes, nomeadamente com os dois novos caçadores com que se pode jogar e com o Glinthawk.

Após perto de uma centena de horas de volta deste jogo de tabuleiro, a meu ver, se há expansões que valem a pena comprar, são aquelas que trazem novos caçadores para usar. Isto porque, mesmo com a variedade de máquinas que há, a diversão do jogo parte muito das soluções e estratégias que conseguimos engendrar com o caçador que estamos a usar e a forma como ele funciona com os outros caçadores. Posto isto, escusado será dizer que, mesmo com oito “construções” diferentes, usando sempre os mesmos quatro do jogo base, acaba por se tornar repetitivo.

Esta expansão é uma das cinco que trazem caçadores para os jogadores usarem, neste caso dois Oseram, bastante poderosos. A Oseram Mixologista é basicamente uma cientista com proficiência em química com capacidade para fazer misturas corrosivas, infusões e até alquimia. À medida que o nível vai subindo, mais complexas vão ficando as suas experiências. O Oseram Tinker baseia-se em explosões (literalmente), mais concretamente na área de efeito (AOE) de destruição em torno delas.

Horizon Zero Dawn: The Boardgame - The Forge & Hammer Expansion

Graças às duas novas personagens, podem prever que este jogo vem carregado de cartas. Para além dessas, ainda vêm sete cartas de mercador (níveis 1, 2 e 3), que podem ser adicionadas às já existentes no jogo base, e 12 cartas de stamina para usar com a “Health Boost Potion”, que também podem ser juntas com as do jogo base. A estas cartas todas, juntam-se as habituais 13 cartas de “Tracking” que definem os tabuleiros de jogo para cada nível de encontro, oito cartas de comportamento para as máquinas do jogo (das quais cinco são de Ravager, máquina imprevisível), as quatro cartas matriz das máquinas e duas cartas de Ravager Canon, que explico já a seguir.

No que toca a máquinas, este jogo conta com 14 mini-figuras: quatro Chargers, quatro Lancehorns, quatro Glinthawks e dois Ravagers. Apesar de serem bastantes máquinas, é essencial ter o jogo base à mão, pois algumas cartas de tracking misturam as máquinas desta expansão com as do jogo base, das quais Walkers, Striders, Grazers, Scrappers e até Shell-Walkers.

Em relação à dificuldade das máquinas deste jogo, considero que estão bem balanceadas e apresentam um grau de desafio médio/alto logo desde o nível 1 de tracking. Isto deve-se muito à alta defesa e ataque mais poderoso quando com balanço do Charger e ao fortíssimo ataque do Lancehorn em conjunção com a capacidade de sair do tabuleiro do jogo, se não houver caçadores por perto. Isto é preponderante, visto que, para conseguir completar um encontro com sucesso, não convém deixar máquinas fugir, muito menos depois de já as ter danificado.

Os Glinthawks não acrescentam muito já em combate e, pessoalmente, esperava mais do que uma carta de comportamento. Ainda assim, achei curioso a condicionante do comportamento ser o número de cartas salvage que o caçador alvo já tem. Fora isso, trazem uma condicionante nova para os “ativar”, que é o facto do primeiro ataque ter de ser “ranged”. Já os Ravager, para caçadores mal equipados, podem ser uma obra do diabo. Primeiro porque na Hunter’s Call surgem os dois em simultâneo junto aos caçadores. Depois porque contam cinco cartas de comportamento cujo os ataques podem ser melee, ranged e pulse (aos quais se soma a condição de paralisia), nunca infligindo menos que 6 de dano. Por outro lado, se os caçadores se focarem em destruir o componente B, vão poder equipar o Ravager Canon como arma e usar duas ações para fazer um ataque com quatro dados laranja.

Horizon Zero Dawn: The Boardgame - The Forge & Hammer Expansion

Em relação às mini-figuras, há que se lhe diga. Os caçadores podiam ter um aspeto mais distinto, quer na pose, quer na arma que empunham, mas as máquinas estão irrepreensíveis. O Lancehorn e o Charger não tinham muito por onde fugir, mas o grau de detalhe satisfaz bem. O Ravager está muito bem desenhado como que a reagir a algum som que captou, e o canhão, no topo da zona lombar, está bem conseguido.

O Glinthawk era uma máquina que me deixava na dúvida. Isto porque, para além do Stormbird, é a única que consegue voar e, tendo em conta que o Stormbird vem com um pé para dar a sensação de estar em modo voo, tinha as minhas reservas como o Glinthawk iria ser apresentado. Posso dizer que fiquei surpreendido pela positiva, dado que o conseguiram meter no chão, sem o descaracterizar, de asas abertas, numa pose ameaçadora, como quem se prepara para o ataque.

Para além de tudo isto, o jogo traz seis placas de tabuleiro independentes e o livro de instruções. Não considero que o livro de instruções seja fundamental ler, isto se já tiverem jogado o jogo base antes.

Para concluir, acho esta uma das extensões mais fundamentais e uma das primeiras a ser adquirida.

Horizon Zero Dawn: The Board Game – The Forge & Hammer está disponível no site oficial da Steamforged por 59,95€.

Recomendado

Esta expansão foi cedida para cobertura pela Steamforged.

- Publicidade -

Deixa uma resposta

Introduz o teu comentário!
Introduz o teu nome

Relacionados