Análise – Code of Princess EX

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Depois de um lançamento pouco caloroso na Nintendo 3DS, Code of Princess tenta a sua sorte na Nintendo Switch, agora numa versão remasterizada e pronta para conquistar os fãs de ação em 2D. Mas será este um lançamento de sucesso ou mais um passo para o esquecimento? Infelizmente, é a segunda opção.

Code of Princess EX não é mau, mas sim extremamente aborrecido. É um jogo que não consegue agarrar os jogadores com a sua jogabilidade repetitiva e pouco variada, ainda que o tente. Concebido como um sucessor espiritual de Guardian Heroes, clássico da SEGA Saturn, também disponível para Xbox 360, o título da Agatsuma Entertainment aposta numa campanha curta, dividida por pequenos capítulos, onde a única coisa que podem fazer é eliminar o mesmo tipo de inimigos, vezes e vezes sem conta.

Esperava-se mais deste relançamento, de alguma variedade ou de uma jogabilidade limada e retrabalhada, mas não é isso que Code of Princess EX nos oferece. Para um título de ação em 2D, inserido no género “beat’em up”, existe pouca variedade nos ataques e poderes das personagens, o que limita os confrontos a não mais do que quatro tipos de habilidades, juntamente com a possibilidade de aumentarem, momentaneamente, o poder do vosso guerreiro através da utilização completa da barra de magia. Ao fim de três níveis, já viram tudo o que Code of Princess EX tem para oferecer.

Apesar de implementar níveis com três planos de ação, que podem alternar livremente para atacar os inimigos ou para escapar dos seus ataques, não existe ritmo na jogabilidade ou um equilíbrio entre a repetição, que é inseparável do género, e na variedade nos confrontos que encontram ao longo da campanha. O jogo aposta em níveis demasiado curtos para disfarçar a sua falta de variedade, com a maioria a durar menos de dois minutos, mas não consegue esconder as suas limitações no combate. Os golpes são lentos, desinteressantes e pecam por não ter grande impacto. Em pouco tempo, esgotam-se as opções.

Mesmo com a falta de variedade na jogabilidade, Code of Princess EX tenta compensar este problema com a implementação de um sistema de evolução. No final de cada nível, as personagens recebem pontos de experiência que aumentarão o seu nível, afetando os valores dos seus atributos. Existe, assim, a motivação para repetirem os níveis da campanha a fim de evoluírem as personagens e para encontrarem mais ouro, que poderá ser usado para comprarem novos acessórios. Os sistemas estão bem implementados e fazem sentido num jogo deste género, mas não desculpam e nem resolvem os problemas que encontrámos na jogabilidade.

Podemos dizer o mesmo sobre a variedade surpreendente de personagens. Apesar de começarem apenas com Solange, a titular princesa, rapidamente desbloquearão novos companheiros de batalhas. Alguns só poderão ser usados nos modos secundários, como as batalhas locais ou o modo cooperativo, tanto offline como online, mas não existem dúvidas de que o leque de personagens é suficientemente variado para justificar o regresso a alguns dos níveis da campanha. Gostaríamos, no entanto, que fosse possível utilizar todos os lutadores na campanha, e não apenas no multijogador ou nas missões extra.

Code of Princess EX podia ter sido um relançamento de peso, mas infelizmente pouco faz para mudar a receção que recebeu quando chegou à 3DS. É um título de ação com uma estrutura interessante, mas não consegue implementar variedade suficiente para justificar algumas das suas mecânicas. No final do dia, é apenas mais um jogo desinteressante e é isso que nos deixa tristes.

Code of Princess EX
Nota: 5/10

Este jogo foi cedido para análise pela Nicalis.

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