Um festival feito em Portugal, mas claramente virado para o público estrangeiro.
Foi na Praia da Rocha, em Portimão, que aconteceu a mais recente edição do Afro Nation. De 28 a 30 de junho, passaram pelo festival mais de 40 mil pessoas, naquela que foi a terceira edição realizada em Portugal.
“Desde o lendário evento de estreia do Afro Nation em Portugal, em 2019, que contou com a presença de 20 mil pessoas, o festival mais do que dobrou de tamanho na sua terceira edição este ano”, destacou a organização do evento, em comunicado.
Um festival feito em Portugal, mas pensado para um público estrangeiro
Foi o que disse à Agência Lusa o diretor executivo da MOT, Tiago Castelo Branco, admitindo que o Afro Nation é “pensado para um tipo de cliente maioritariamente estrangeiro”. Aliás, “mais de 90% do público vem do estrangeiro, e de propósito ao Algarve”, revelou o responsável.
Dado o sucesso, a edição de 2024 já está confirmada, embora os dias do festival não tenham sido revelados. Os bilhetes custam a partir de 199€ (mais taxas) e podem ir até aos 599€ (mais taxas).
Apesar do sucesso, há muitas críticas nas redes sociais
Nesta publicação, precisamente sobre a venda de bilhetes para o Afro Nation 2024, podem ler-se inúmeras críticas. Desde o quão caro é o festival, até aos bilhetes VIP, com aqueles que pagaram esses valores a sentirem-se desiludidos pelas condições proporcionadas, como má visibilidade para os palcos, longas filas – alguns festivaleiros falam em filas com uma hora de espera na zona VIP só para beberem alguma coisa – e poucos WC disponíveis.
Outros criticam a organização por não existirem pontos com sombra no areal – não nos podemos esquecer que o festival realiza-se numa praia, logo a areia estará a escaldar em dias muito quentes -, pela falta de repuxos – que inclusive levou pessoas a desmaiar -, pela quantidade de lixo e, ainda, pela fraca qualidade de som do palco principal.
