A APEFE (Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos) fez um levantamento exaustivo e detalhado, em conjunto com as principais empresas de bilhética nacionais – Ticketline, Blueticket e BOL, do número de espetáculos cancelados, adiados ou suspensos no país inteiro, com realização prevista entre 8 de março e o próximo dia 31 de maio.
De acordo com os dados revelados por cada uma das empresas, contabilizaram-se pelo menos 364 promotores envolvidos.
A divulgação destes dados permite uma leitura real e fidedigna do impacto económico no setor dos espetáculos ao vivo, decorrente das medidas de contenção da crise epidémica Covid-19 e que levou à paralisação total da atividade de milhares de pessoas, que ocorreu mesmo antes da declaração do estado de emergência no passado dia 18 de março.
Do total de espetáculos em agenda, verificam-se até ao momento 7.866 espetáculos cancelados, 15.412 espetáculos adiados e 1.537 espetáculos suspensos.
Face à renovação do estado de emergência anunciada ontem, dia 2 de abril, e aos recentes desenvolvimentos da pandemia, estes números só poderão aumentar exponencialmente nas próximas semanas, não só relativamente a eventos ainda agendados para o mês de maio e que escaparam à primeira “avalanche” de cancelamentos, como pela incerteza da possibilidade da realização de outros espetáculos nos meses seguintes
É uma crise sem precedentes no mercado da cultura em Portugal.