Tudo terá de voltar a ser pensado, já que existem alternativas não poluentes.
Em 2023, a União Europeia aprovou uma lei que visa proibir a venda de automóveis novos que emitam CO2 a partir de 2035, nomeadamente aqueles que são movidos a gasolina e gasóleo. No entanto, pressionada pela Alemanha, a Comissão Europeia comprometeu-se a criar uma forma legal de permitir a venda de automóveis novos movidos exclusivamente por combustíveis sintéticos.
Os “combustíveis eletrónicos” poderão dar às fabricantes de automóveis a oportunidade de comercializar não só automóveis elétricos após 2035, mas também uma nova geração de automóveis com motor de combustão interna alimentados por combustíveis com zero CO2, em vez de gasolina ou diesel.
Numa reunião que será realizada ainda esta semana em Portugal, os legisladores do Partido Popular Europeu, o maior grupo legislativo do Parlamento Europeu, discutirão as prioridades políticas para o próximo mandato de cinco anos. Um documento preliminar que foi obtido pela Reuters revela o objetivo de “rever as regras de redução de CO2 para novos carros e vans para permitir o uso de combustíveis alternativos com emissão zero, além de 2035”.
No entanto, o PPE não especificou como gostaria que a política relativa às emissões de CO2 dos automóveis fosse alterada. Segundo o documento, o grupo pretendia “rever a proibição dos motores de combustão e desenvolver tecnologia de ponta para motores de combustão”.
Vender automóveis a combustão para lá de 2035?
Nas eleições para o Parlamento Europeu do mês passado, o Partido Popular Europeu obteve a maioria e Ursula von der Leyen, que pertence ao grupo PPE, procura a aprovação da maioria dos legisladores da UE para um segundo mandato, mas não será nada fácil convencer grupos como os socialistas e os democratas, que são particularmente sensíveis às políticas relativas às alterações climáticas.
