Vale das Lobas. Há um novo espaço de turismo sustentável na Guarda

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O parque de campismo e o restaurante estarão abertos para receber hóspedes a partir de setembro deste ano. A grande inauguração do nature spa, espaço com primorosos jardins, está prevista para dezembro.

Chama-se Vale das Lobas, está situado na localidade de Sobral Pichorro, no distrito da Guarda, e é um modelo de regeneração rural, que parte de uma visão holística para restaurar a saúde, revitalizar a comunidade e regenerar a biodiversidade. Localizado a mais de 400 metros de altitude, encontra-se rodeado de ar puro, nascentes naturais, agricultura tradicional e os únicos sons que pairam são o correr da água e o zumbir das abelhas.

Recorrendo à comunidade de investidores da GoParity, o Vale das Lobas iniciou hoje uma campanha de financiamento e procura angariar 150.000€. Os fundos angariados através desta campanha vão complementar um programa de incentivos de 600.000€ do Turismo de Portugal (Linha de Apoio a Qualificação da Oferta). Quem investir a partir de 400€ terá direito a um vale, que difere consoante o montante investido, válido até ao final de 2023, para gastar no Vale das Lobas.

Os fundos angariados serão utilizados para concluir os projetos de construção e estabelecer um modelo de turismo sustentável durante todo o ano: a conclusão da piscina termal natural interior, através da utilização de filtros biológicos; a criação de jardins medicinais no nature spa; um pub garden, com espaços exteriores amplos, nos quais se poderá desfrutar de comida e bebida; um aquecimento por piso no balneário do parque de campismo; unidades de glamping – casas hobbit, um local para eventos; pavilhão da descoberta, que visa acolher celebrações, como vindimas, magustos e a colheita da azeitona; e, por fim, um mercado artesanal.

O parque de campismo e o restaurante estarão abertos para receber hóspedes a partir de setembro deste ano. A grande inauguração do nature spa, espaço com primorosos jardins, está prevista para dezembro.

Um dos pontos mais atrativos do projeto é o seu restaurante farm-to-table, a cargo do jovem Artur Gomes, que tem experiência como chef executivo num restaurante com uma estrela Michelin. Com vários hectares de terreno ribeirinho dedicado à produção de alimentos, o restaurante, localizado num antigo lagar, contará com a frescura de produtos biológicos diretamente da quinta para o prato. O menu será internacional mas com base na gastronomia portuguesa, sem esquecer muitas opções vegetarianas, contará com receitas feitas a partir da produção própria de milho azul, tais como tortilhas e enchiladas, peixe fresco, gelado caseiro, pastelaria, e muito mais. A hospitalidade será à moda da Beira Alta.

Construção sustentável e com materiais autóctones

No Vale das Lobas a construção é sustentável, com utilização de materiais naturais e locais, como o granito, a terra, a madeira e a cortiça.

  • O restaurante “Lagar da Ribeira” encontra-se à beira da ribeira incorpora Compressed Earth Blocks – tijolos de terra comprimida e funcionará através de energia hidroeléctrica, com um sistema de turbina de micro vórtice (5kW);
  • As luxuosas casas hobbit são construídas à base de sacos de serapilheira cheios de terra;
  • A piscina é biológica, sendo alimentada por uma nascente e filtrada por plantas, o que permite manter a água segura e limpa para a natação, evitando os produtos químicos;
  • Toda a água dos chuveiros, lavatórios do parque de campismo, restaurante e spa natural será reutilizada para irrigação, através da utilização de um sistema de filtragem biológico;
  • Aplicação de um aquecimento debaixo do solo no restaurante, no nature spa e na área de duche do parque de campismo, que, combinado com o isolamento de cortiça sob o telhado e entre as paredes, criará uma melhor eficiência energética;
  • Produção biológica e práticas de regeneração da natureza: uma horta, uma floresta de castanheiros, e hortas florestais que fornecerão 29,5 hectares de agricultura biológica;
  • A equipa conta, atualmente, com 8 empregados diretos, mas espera atingir, até ao final de 2022, os 60 empregados, focando-se no emprego local. Simultaneamente, irão proporcionar formação profissional para preparar os habitantes locais para desempenharem funções técnicas, comerciais e artesanato especializado;
  • Existem, hoje, 607 hectares de zonas sem caça no Parque da Biodiversidade, mas prevê-se uma expansão de mais 596 hectares.

Este projeto incorpora a European Rewilding Network, que trabalha em conjunto com outras iniciativas progressistas de conservação em toda a Europa. Adaptado a todas as idades e famílias, o projeto inclui ainda a promoção de atividades de relação do indivíduo com o meio ambiente envolvente, tais como: caminhadas, ciclismo na montanha, passeios a cavalo e observação de aves.

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