Prevista inaugurar no último trimestre de 2024, a linha Circular vai ligar a estação Rato ao Cais do Sodré.
O Metropolitano de Lisboa atingiu no passado mês de fevereiro um novo marco na construção da nova linha Circular ao concretizar a união do novo túnel que vai ligar a futura estação Estrela à estação Santos.
Localizada ao cimo da Calçada da Estrela, em frente à Basílica da Estrela, a estação Estrela terá acesso na extremidade sul do Jardim da Estrela, a partir do edifício da antiga farmácia do Hospital Militar. A acessibilidade será efetuada por seis ascensores de grande capacidade e duas escadas mecânicas, atingindo o nível da superfície, de modo a um rápido acesso e maior conforto de utilização da estação pelos clientes do Metropolitano de Lisboa.
Presentemente, o Metropolitano de Lisboa já tem a ligação efetuada por túnel entre o Rato e Santos. A ligação do túnel entre o Rato e Estrela ocorreu no dia 28 de maio de 2022.
Prevista inaugurar no último trimestre de 2024, a linha Circular vai ligar a estação Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais 2 quilómetros de rede e duas novas estações – Estrela e Santos, unindo as linhas Amarela e Verde num novo anel circular no centro de Lisboa.
A execução do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa está dividida em quatro lotes. O Lote 1 envolve a execução dos toscos entre o término da estação Rato e a estação Santos; o Lote 2 engloba a execução dos toscos entre a estação de Santos e a estação do Cais do Sodré; o Lote 3 visa a construção de dois novos viadutos e ampliação da estação do Campo Grande e o Lote 4 envolve a construção dos acabamentos e sistemas para a futura linha Circular.
No que respeita ao lote 3, as obras de intervenção na zona do Campo Grande com a construção de dois novos viadutos e ampliação da estação do Campo Grande para Nascente, tiveram início em janeiro de 2022.
A empreitada do Lote 4, que contempla o projeto e construção dos acabamentos e sistemas para a linha Circular, o concurso foi lançado em agosto de 2021 e encontra-se, presentemente, em fase de audiência prévia de interessados.
Este projeto contribuirá, ainda, para uma reestruturação de todo o sistema de transportes. Reorganizará a mobilidade metropolitana com um efetivo aumento do número de utilizadores do transporte público e uma diminuição de utilização de transporte individual, com ganhos ambientais significativos, garantido a segurança e o aumento da qualidade do serviço que o Metropolitano de Lisboa diariamente presta aos seus clientes.
Com um impacto estimado da procura no primeiro ano, de 9 milhões de novos passageiros na linha Circular e de 5,3% em toda a rede, este novo anel no centro da cidade vai retirar da superfície 2,6 milhões de veículos de transporte individual por ano e reduzir 5.000 toneladas de CO2 no primeiro ano de exploração. Fomentará a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação, a descarbonização e a mobilidade sustentável.
Conta com um investimento total previsto de 331,4 milhões de euros, cofinanciado em 137,2 milhões de euros pelo Fundo Ambiental, em 103 milhões de euros pelo Fundo de Coesão, através do POSEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e em 91,2 milhões de euros pelo Orçamento do Estado.