Transtejo/Soflusa vai ter 3 navios elétricos a fazer a travessia Seixal-Cais do Sodré na próxima semana

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Ainda estamos muito longe dos 10 navios elétricos prometidos há anos.

Estávamos em 2019, ano em que o Conselho de Ministros autorizou a despesa relativa à renovação da frota da Transtejo, que contemplava a aquisição de 10 navios elétricos. Três anos depois, houve uma reprogramação dessa despesa, o que significava que a compra dos navios ficaria bem mais cara. E foi também dito publicamente, em 2022, que o primeiro navio 100% elétrico, vindo dos estaleiros espanhóis Gondán, chegaria até ao final desse ano. Mas não foi isso que aconteceu.

Este tem sido um processo moroso, tal como tantos outros concursos públicos do género, levando a vários atrasos. Por exemplo, foi apenas em março de 2023 que o Cegonha-Branca, batizado com o nome de uma ave autóctone do estuário do Tejo, chegou a Lisboa. Desde então, o Cegonha-Branca tem andado em viagens experimentais, neste caso com passageiros a bordo, no trajeto entre o Seixal e o Cais do Sodré (Lisboa). Mais recentemente, juntou-se à frota um outro navio elétrico, ou seja, têm sido feitas viagens experimentais, o que significa que ainda não foi iniciada a operação oficial.

Até há bem pouco tempo, o plano passava por ter 10 navios elétricos a operar no Tejo até 2025, o que não aconteceu. Afinal de contas, estamos em março e é só na próxima semana que a Transtejo/Soflusa terá um total de três navios elétricos a fazer a travessia, tal como disse Alexandra Ferreira de Carvalho, presidente da Transtejo/Soflusa, à agência Lusa. Portanto, estamos ainda muito longe do plano de 10 navios elétricos a efetuar ligações fluviais.

Recorde-se que a nova frota da Transtejo será composta por 10 navios de propulsão 100% elétrica, concebidos especificamente para atender às necessidades operacionais da empresa. Equipados com um sistema de propulsão do tipo “Battery System”, os navios terão capacidade de carga suficiente para operar diariamente com carregamentos nos terminais fluviais. Além disso, serão acompanhados por um projeto inovador de estações de carregamento rápido, que permitirá uma operação eficiente e sem interrupções nos terminais do Seixal, Cacilhas, Montijo e Cais do Sodré.

Com dimensões de 40,15 metros de comprimento e capacidade para 540 passageiros sentados, os novos navios contarão ainda com espaço para 20 bicicletas e lugares especiais para passageiros com mobilidade reduzida. A propulsão será garantida por dois motores elétricos de 500 kW, permitindo uma velocidade de cruzeiro de 16 nós e uma autonomia de 70 minutos.

A transição para uma frota elétrica permitirá eliminar as emissões de CO2 associadas ao transporte público fluvial, reduzindo significativamente a pegada carbónica da Transtejo. Os novos navios irão operar sem emissões poluentes e praticamente sem ruído, vibrações ou odores, proporcionando uma viagem mais confortável e sustentável.

A renovação da frota contribuirá também para a preservação do ecossistema do rio Tejo, promovendo um ambiente mais saudável para a biodiversidade local. Como reconhecimento desse compromisso, cada um dos novos navios receberá o nome de uma ave autóctone do estuário do Tejo, incluindo espécies emblemáticas como a cegonha-branca, a garça-vermelha, o flamingo-rosa e a íbis-preta.


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