As hortas biológicas são inauguradas no próximo sábado, dia 25 de março.
Ao fim de 400 anos, a terra volta a ser cultivada no Convento dos Capuchos, na Serra de Sintra. Lançado pela Parques de Sintra em janeiro deste ano, o projeto inédito para a criação de hortas biológicas nos mesmos espaços que foram utilizados pelos frades franciscanos que habitaram o Convento durante quase 300 anos arranca no próximo sábado, dia 25 de março.
Nessa data, são inauguradas as primeiras quatro hortas que foram atribuídas através de um concurso que contou com cerca de 50 candidaturas de residentes no concelho de Sintra. O momento simbólico em que serão descerradas as placas com os nomes escolhidos por cada hortelão para a sua horta está agendado para as 11h.
Para assegurar que os hortelãos dispõem dos conhecimentos de que necessitam para cultivarem as suas hortas biológicas em consonância com os objetivos do projeto, a Parques de Sintra promove um workshop formativo teórico-prático gratuito nos fins de semana de 26 e 26 de março e de 1 e 2 de abril, das 9h às 13h.
Ao longo de quatro sessões, os hortelãos selecionados, os seus acompanhantes e alguns suplentes na lista de candidatos, receberão formação sobre agricultura biológica; preparação dos solos; adubos, compostos e substratos; plantações e sementeiras; e pragas e doenças, entre outros temas. Serão, igualmente, auxiliados na elaboração de um plano anual para a sua horta, conciliando os seus hábitos alimentares com o conjunto de espécies que poderão ser cultivadas no espaço. O workshop estará a cargo de Carla Vinagre, engenheira agrónoma, produtora de plantas aromáticas e medicinais em modo biológico, auditora e formadora na área agrícola.
O Convento dos Capuchos que, ao longo dos séculos, manteve sempre uma ligação profunda à comunidade, volta, desta forma, a fazer parte do quotidiano dos sintrenses que, através deste projeto, darão uma nova vida ao espaço, cultivando a terra e usufruindo do melhor que a Serra de Sintra tem para oferecer. Numa primeira fase, foram atribuídos quatro talhões, mas prevê-se que, futuramente, o número total de parcelas para cultivo seja alargado para 25.
Foto de: PSML/José Marques Silva
