Supermercados já estão a racionar a venda de óleos alimentares

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Nenhum escapa.

Depois do primeiro-ministro António Costa ter dito que “não haverá escassez” de bens essenciais, e do próprio Ministério da Agricultura ter avançado que não existe qualquer motivo que faça antever a possibilidade de escassez de alimentos, a verdade é que as superfícies comerciais já começam a racionar alguns produtos.

É o caso do óleo de girassol, que Portugal importa da Ucrânia. Na verdade, os próprios óleos alimentares gerais (de mistura, podendo contar óleo de girassol) já estão a ser limitados à unidade por cliente.

Continente, Mercadona, Makro, Pingo Doce e Lidl já estão a fazer esse racionamento. Por exemplo, se se dirigirem a uma loja Continente, e seguirem até à secção dos óleos, irão deparar-se com a seguinte mensagem: “Devido ao aumento acentuado na procura de óleo alimentar informamos que a venda do produto está limitada à venda de três unidades por cliente. Compre apenas o que necessita”. Esta é uma medida que está a ser aplicada a todas as marcas de óleo, incluindo a de marca própria, num racionamento que irá durar até ao final de março.

Já se forem ao site do Continente Online, e abrirem, por exemplo, esta página, irão reparar na existência da seguinte mensagem: “Devido à elevada procura, limitamos a venda do óleo alimentar a 6L por Cliente.” Quer isto dizer que, via online, até podem adquirir várias garrafas de 1L de óleo alimentar, mas essa compra nunca poderá exceder os seis litros.

Em relação à Makro, fonte da empresa disse ao Observador que “não está com problemas de stock neste momento mas como esta situação da Ucrânia é pública, que é um país produtor de óleo de girassol, para conseguirmos manter a continuidade do fornecimento, foi tomada a decisão de definir uma quantidade que corresponde às necessidades do setor”.

O mesmo acontece com a Mercadona, que está a limitar a venda de unidades de garrafas de óleo de girassol por cliente, e com as lojas Pingo Doce, numa venda limitada a seis unidades por cliente. Os tais seis litros por cliente no máximo.

A exceção parecia ser o Lidl, mas esta sexta-feira, a retalhista alemã deu indicações aos funcionários para limitarem a venda de óleos alimentares. E o máximo é a aquisição de três litros, seja num garrafão de três litros ou três garrafas de um litro. Não pode é exceder essa quantidade.

Esta semana, o Ministério da Agricultura disse que “Portugal importa da Ucrânia, principalmente, cereais para alimentação animal, existindo para estas matérias-primas outras origens alterativas (América do Sul e América do Norte), com as quais os operadores têm já contacto. Além disso, estão também em curso operações e contactos com novos fornecedores, como é o caso da Africa do Sul”.

“Os cereais destinados à alimentação humana, como é o caso dos trigos panificáveis, têm como principal origem de importações França, estando este circuito estável e consolidado”. Já “no que se refere a gorduras alimentares, o abastecimento tem sido assegurado, sendo de sublinhar as disponibilidades nacionais de azeite, cuja campanha atual registou um recorde de produção”, acrescenta.

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