O Solar das Arcas está situado na freguesia de Arcas (Macedo de Cavaleiros/Trás-os-Montes/Portugal), a 10km da Barragem do Azibo.
A história da arquitetura do Solar das Arcas é extremamente rica. Erguido entre os séculos XVII e XVIII, o palacete foi desenhado pela escola de Nicolau Nasoni e destaca-se, sobretudo, pelo charme da construção. Os salões, a capela privativa, a piscina a céu aberto, as cozinhas tradicionais e a decoração muito característica conseguem agradar a quem o visita.
Tendo em conta que se trata de um dos mais importantes exemplares da casa nobre setecentista transmontana e um testemunho bem característico das residências senhoriais e citadinas barrocas, desenvolvidas em comprimento, com capela privada numa das extremidades da fachada, o Solar das Arcas, um Palacete situado na aldeia de Arcas, em Macedo de Cavaleiros, foi classificado como monumento de interesse público por parte do Património Cultural.
Francisca Pessanha, responsável pelo espaço refere “este solar, situado no centro da aldeia de Arcas, perto de Bragança, é um exemplo de uma casa construída nos Séc. XVII e XVIII e, pertence, à minha família Pessanha, descendente do genovês Pessanha que, no reinado de D. Dinis, veio para Portugal ensinar a arte de navegar”.
A responsável acrescenta ainda que “o edifício integra um empreendimento de turismo em espaço rural que proporciona aos visitantes a oportunidade de experienciar a vida numa quinta tipicamente transmontana, do distrito de Bragança”.
A capela é, também, um elemento de destaque, com o seu “notável retábulo-mor rocaille, em talha dourada e policromada”, como descreve a decisão da classificação, salientando que “merece também referência o jardim, igualmente de risco erudito e requintado, que constitui um espaço de lazer hoje particularmente raro em Trás-os-Montes”.
“Para além do seu valor arquitetónico e artístico, o “Solar das Arcas” configura ainda um suporte de memória privilegiado da organização social do antigo regime e das vivências da nobreza rural, onde os visitantes têm oportunidade de realizar algumas atividades agrícolas tradicionais e de usar a área de caça, proporcionando assim bons momentos de lazer a todos que por aqui passam”, afirma Francisca Pessanha.
São igualmente importantes para a decisão do Governo “o grau de autenticidade dos edifícios e a ligação matricial, histórica e paisagística que o solar conserva com a envolvente, nomeadamente com os terrenos agrícolas limítrofes”.
Atualmente, o Solar das Arcas está aberto ao público sob a forma de uma magnífica Quinta de Turismo Rural composta por Apartamentos T0 e T2 “Mountain Deluxe”, jardins exteriores, piscina, pomar e horta biológica. O espaço foi redesenhado pelo arquiteto José Bernardo Távora e está inserido numa paisagem envolvente de natureza agrícola e florestal ainda em produção, a qual é possível visitar mediante marcação.