Quem o diz é a EuPago, revelando que, só entre Lisboa e Porto, as queixas junto das autoridades ascendem já a cerca de um milhar por semana, cujos emissores fazem-se sobretudo passar por empresas como EDP, CTT, Ascendi e Autoridade Tributária.
O SMishing tem sido a mais recente pandemia fraudulenta de avisos SMS. Na prática, o que acontece é que, uma vez que é possível personalizar o remetente dos SMS com caracteres alfanuméricos, os burlões identificam-se como sendo uma empresa comercial e, a partir daí, fazem o envio massivo de SMS para inúmeros destinatários, enganando milhares de pessoas.
Nesses SMS, vai um “aviso” de que existe algo por pagar, pelo muitos consumidores acabam por ser enganados desta forma.
Aliás, a EuPago revela que, só em 2020, já recebeu 77 queixas de burla por Smishing, cerca de duas por dia, o que perfaz cerca de 10.000€ em perdas para o consumidor.
O problema está, também, no facto de as operadoras móveis não efetuarem validação dos remetentes nas suas comunicações na entrega dos SMS, pelo que os burlões aproveitam-se dessa facilidade. Assim, qualquer indivíduo ou empresa pode enviar milhares de SMS, bastando ter em sua posse os contactos e, a partir daí, identificam-se com um nome comercial, levando os destinatários a executar pagamentos fraudulentos.