Um festival de sidras? Sim, e vai acontecer em Ponte de Lima

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Tudo acontecerá na Avenida dos Plátanos, no centro histórico de Ponte de Lima.

Todo o Vale do Rio Lima e o Município de Ponte de Lima têm, ao longo da história (com muitas estórias), um trajeto rural e cultural rico em volta da maçã e do popularmente denominado “vinho de maçã” (a sidra).

Há todo um património acumulado de várias décadas de sabedoria que hoje podem e devem constituir-se como uma riqueza local, em torno de um produto com valor acrescentado, moderno, de elevado valor económico e mais um pilar para a sustentabilidade do mundo rural, com projeção num mercado global e de urbanidade.

Desde os tempos do Estado Novo, período em que as abundantes macieiras do Vale foram postas de lado “por decreto” para dar lugar à produção de fruta mais comercial e à cultura da vinha – mais propriamente do Vinho Verde -, que este património local vinha sendo esquecido. Assim, as mais de 60 espécies de maçã do fértil vale (catalogadas pela Escola Superior Agrária de Ponte de Lima – algumas únicas e raras) estavam como que suspensas, em linha de espera, aguardando este momento e este movimento que, impulsionado por vários empreendedores e entidades mais afoitas, tem mostrado potencial para funcionar como um motor para novos produtos do mundo da sidra e das novas bebidas do pomar.

Posto isto, é sem surpresas que Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal, recebe já de 26 a 28 de agosto, e pela primeira vez no nosso país, o SIDRAMA, um festival de sidras, a bebida milenar que é hoje uma das mais importantes tendências de mercado.

Tudo acontecerá na Avenida dos Plátanos, no centro histórico de Ponte de Lima, onde não faltarão workshops e harmonizações ao vivo, colóquios e degustações comentadas na primeira pessoa pelos mais de 20 sidreiros presentes. Ou até um jantar secreto Supper Club pela mão do colectivo de cozinheiros Rosa Et AL Townhouse com uma seleção de sidras do festival, a desvendar aos comensais uma hora antes.

Sidras nacionais de várias regiões, como Vale de Cambra, Carrazeda de Ansiães, Castelo Branco, Bombarral, Vila Real, e as famosas produções madeirenses com mais de 600 anos de história e uma IGP já activa, juntam-se a novas propostas de empreendedores portugueses ainda em fase inicial.

Entre os projetos locais mais empolgantes e a merecer atenção nesta primeira edição do Sidrama está, seguramente, a limiana Nua Cider, que utiliza as maçãs das quintas e quintais da região para produzir sidras e devolve o benefício da venda aos proprietários, para estes cuidarem e tratarem das macieiras.

Ao panorama nacional em franco crescimento, a organização junta sidreiros e produtores de Itália, Finlândia, Suécia, Áustria, Letónia, Catalunha, Astúrias, Cantábria, Galiza, e como país-região convidado desta edição, o País Basco.

Propostas clássicas e tradicionais, novos conceitos vibrantes das categorias modern ciders, híbridos de frutas, maturadas ou envelhecidas em barricas, denominações de origem e “trend concepts” com um toque de carácter, mas sempre 100% naturais e artesanais.

São mais de 100 bebidas em prova que provocarão no bom sentido, os palatos e curiosidade do consumidor.

A música também combina com sidra, e aí, bandas como Omiri, Tony Perry, Rosa Mimosa y sus Mariposas; os DJs e mestres do vinil Carlos Fontoura, Francisco Coelho, Rita Lumière, Mosca, Caio ou Mok Groove, são a fruta sonora da belíssima Avenida da vila alto minhota.

E para dar consistência gastronómica ao festival, para além da riquíssima e afamada restauração de Ponte de Lima, há propostas de harmonizações e prova, há cozinha ao vivo, há tábuas de enchidos, queijos e patés pela mão da dupla Celta Endovélico… e há uma pequena frota de comida de rua, em permanência nos três dias do festival, para completar esta grande – e primeira – festa da Sidra em Portugal.

A entrada é livre na Avenida dos Plátanos… e, para consumir, degustar, provar e usufruir de todas as propostas de sidras e bebidas dos produtores presentes, o visitante apenas tem de adquirir o copo oficial do Sidrama, com um valor de 4€ e fichas de consumo, que pode trocar pelo que quiser beber ou provar em cada uma das 20 sidrarias.

Como é habitual neste tipo de eventos, os copos têm duas medidas: a de “Prova” (menor quantidade), com valores entre 1€2€ e “Cheio”, com preços entre os 2€4€, com algumas mais raras a custar entre 4€6€.

Também estarão disponíveis garrafas para o visitante poder adquirir e levar para casa ou oferecer, com preços promocionais do festival.

Existem ainda duas modalidades, para mais facilmente ir ao encontro dos diferentes tipos de fãs de sidra: 1) compra do copo e de fichas avulso ou 2) aquisição do “pack prova”, por 10€, com copo e seis provas incluídas.

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