Será que é mesmo o fim dos preços baixos?
Há uns anos, ainda antes da pandemia, um responsável de uma companhia aérea low cost disse que estávamos a caminhar para um futuro onde os bilhetes de avião seriam grátis, mas tudo o resto seria pago: lugares pagos, bagagem paga, entre outras coisas. Mas tendo em conta o cenário atual, não vale a pena essa futurologia. E com o custo de vida a ficar mais caro, também os gastos superfluos irão aumentar. É o caso das viagens.
Muita gente tende a aproveitar as promoções que as companhias áereas vão tendo na venda de bilhetes, mas parece que os bilhetes a 10€, ou até menos, têm os dias contados. Quem o diz é Michael O’Leary, CEO da Ryanair. Tudo devido à subida dos preços da energia, que se acelerou com a guerra na Ucrânia.
“Acho que não haverá voos a 10 euros, porque os preços do petróleo estão muito mais altos, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Acho que não vamos ver esses preços nos próximos anos”, disse o responsável da companhia aérea irlandesa, em entrevista à BBC Radio 4.
Segundo Michael O’Leary, as tarifas médias dos bilhetes na Ryanair deverão aumentar cerca de 10€, para 50€ por trajeto, nos próximos cinco anos.
