Não tenham esta informação como 100% correta, mas podem, pelo menos, ficar entusiasmados.
Depois de edições em Barcelona e no Porto, além das novas versões que vão acontecer este ano em Los Angeles (Estados Unidos), Santiago de Chile (Chile), Buenos Aires (Argentina) e São Paulo (Brasil), e sem esquecer que a versão espanhola vai também acontecer, em 2023, em Arganda del Rey, perto de Madrid, rumores indicam que, no próximo ano, teremos uma nova localização para o Primavera Sound: Lisboa.
De acordo com algumas fontes, o Primavera Sound poderá acontecer no próximo ano na capital portuguesa, tudo porque o município de Barcelona não deixa fazer dois fins de semana de festival seguidos em 2023. Assim, a solução encontrada foi adicionar mais uma localização, fazendo com que, no próximo, tenhamos o Primavera Sound em Barcelona, em Arganda del Rey (Madrid), Porto e, pela primeira vez, em Lisboa.
Recorde-se que, este ano de 2022, o Primavera Sound Barcelona acontece de 2 a 4 de junho (primeiro fim de semana) no Parc del Fòrum; a 1, 5, 6, 7 e 8 de junho em 14 espaços da cidade de Barcelona, no que a organização chamou de Primavera a la Ciutat; e novamente no Parc del Fòrum, desta vez de 9 a 11 de junho, para o segundo fim de semana. Estamos a falar de um total de 11 (!) dias de música, pelo que querer repetir a façanha, mesmo com o desdobramento para Madrid, somente com a ajuda de Lisboa.
Naturalmente, não passa de um rumor, portanto contenham as vossas expectativas. Em todo o caso, este rumor tem alguma credibilidade, pois vem de alguém ligado à área, mas não passa, para já, de uma hipótese. Além disso, recorde-se que, em 2023, o Primavera Sound acontecerá primeiramente em Barcelona e, no fim de semana seguinte, passará para Madrid. E é bem provável que as datas de Madrid coincidam com as do Porto, com ambas as versões a acontecerem ao mesmo tempo, à semelhança do que acontece este ano com o segundo fim de semana de Barcelona e a edição portuense.
Na verdade, e se pensarmos bem no assunto, até se cria aqui uma espécie de rede: a versão de Barcelona e a de Lisboa poderão acontecer ao mesmo tempo, sendo que, no fim de semana seguinte, acontecem as versões de Madrid e Porto. Porém, há algo aqui que pode dificultar esta concretização: se Lisboa-Madrid dá para fazer de carro, para Barcelona é mais complicado uma viagem de um dia para o outro, principalmente por tratar-se de uma viagem de cerca de 12 horas.
Em todo o caso, há sempre a opção de as datas não coincidirem, em que as versões espanholas e portuguesas ficam separadas por uma semana, por exemplo.
Além disso, será necessário fazer uma excelente gestão logística, de modo a que, por exemplo, um artista/banda que atue no primeiro dia da versão de Barcelona do Primavera possa atuar no terceiro dia da versão Lisboa do festival. Isto também pode fazer, no entanto, que os cartazes sejam algo diferentes entre si. São muitos “ses”, é certo.
Lisboa precisa de um NOS Primavera Sound?
Se olharmos para a quantidade de festivais que vão acontecendo em Lisboa e arredores, talvez a palavra que nos venha à cabeça é “não”. Porém, uma versão lisboeta do festival acaba por fazer todo o sentido, uma vez que a versão portuense acaba por trazer artistas de alto gabarito ao nosso país.
Sim, já temos um NOS Alive, um Super Bock Super Rock, um Rock in Rio Lisboa (embora somente se realize de dois em dois anos), um VOA – Heavy Rock Festival e agora o novíssimo MEO Kalorama, entre outros, mas nenhum tem exatamente o mesmo target de um NOS Primavera Sound.
No que toca a potenciais localizações, não faltam hipóteses. Há, por exemplo, o Parque da Bela Vista. Temos também o Parque Tejo, que deverá sofrer uma renovação devido às Jornadas Mundiais da Juventude. E há sempre a hipótese de acontecer no próprio Parque das Nações, incluindo-se a Altice Arena, e que logo aí limitaria a capacidade do festival a cerca de 20.000 a 25.000 pessoas por dia. E existe, claro, o Passeio Marítimo de Algés. Ou, talvez numa hipótese mais descabida, fazer o festival acontecer no Meco, à semelhança do SBSR.
As hipóteses são muitas, é certo. Resta é saber se vai, efetivamente, acontecer. Oxalá que sim.
Não faria sentido nenhum. Primeiro porque os festivais de Lisboa, em particular o Alive que também é patrocinado, à semelhança do Primavera, pela Nos, já tem cabecas de cartaz do Primavera Barcelona, sendo que muitas vezes os principais acabam por ir para o Alive e não para o Porto. Em segundo porque mesmo a nível de apresentações individuais, as tours das principais bandas já passam por Lisboa e não pelo Porto tendo muitas das bandas que passam pelo Primavera regressado a Portugal uns meses mais tarde para actuar em Lisboa.
Em Espanha estão a fazer o festival crescer de forma pouco sustentada. Mais um festival em Lisboa ia fazer concorrência directa ao do Porto (que é o único com dimensão internacional na cidade) e concorrência directa aos que já existem em Lisboa. Para isso alargavam o Alive a mais um dia ou outro.