Restrições do Covid disparam a procura online de brinquedos eróticos

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Pandemia: uma chama que acendeu o sexo.

Não é preciso ser um consultor de marketing para se perceber porque é que produtos como sex toys controlados à distância foram abundantemente vendidos ao longo deste ano de pandemia. O Grande Confinamento e as restrições impostas pelas autoridades para controlar a pandemia da COVID-19 afastaram as pessoas do contacto social, o que não foi impeditivo do sexo ter continuando a fazer parte da nossa vida. Em tempos de pandemia, a vida sexual teve que se reinventar.

A tendência é confirmada por empresários do setor. Pedro Correia, da sex shop online Vibrolandia, onde comprar vibradores e sex toys através de encomenda online continuou a ser feito – e muito – partilhou com a ENA algumas palavras sobre o contexto vivido. “O mercado erótico teve a oportunidade de se reinventar, transitar para o online ou reforçar a sua presença neste canal. As redes sociais adultas aumentaram em número de seguidores e oferta, como o Only Fans e conteúdos pagos semelhantes. Os casais em confinamento tiveram de reacender a chama da sua relação, e tudo isto contribuiu para o mercado erótico se manter ativo.”

“As pessoas tiveram tempo e oportunidade para pesquisar e informarem-se sobre a forma de como os sex toys podem melhorar a sua vida, seja fazendo parte de um casal ou estando a sós”, declarou Pedro Correia na entrevista reproduzida pelo blog da Vibrolândia, destacando ainda que “o facto de não ser seguro ter encontros ocasionais ou de curta duração provocou também uma maior procura de sex toys”. O empresário referiu ainda que os produtos mais vendidos na Vibrolândia foram os teledildónicos e os sugadores de clitóris, produtos que não podiam ser mais paradigmáticos dos tempos que vivemos. E que tempos são esses?

Sex toys, tecnologia e caras novas

O crescimento nas vendas dos teledildónicos durante a pandemia encaixa noutras tendências: a entrada em força da tecnologia neste mercado. Na Consumer Eletronics Show, a maior feira de tecnologia do mundo, a marca Satisfyer já tinha sido premiada na categoria de inovação. Também a Lora DiCarlo, em 2019, com o Osé, tinha vencido um prémio semelhante. A Lora DiCarlo é, aliás, paradigmática de outra tendência neste mercado: a do investimento no setor de várias caras conhecidas. A atriz e modelo Cara Delevingne é proprietária da Lora DiCarlo, na qual também exerce o cargo de conselheira criativa. Por seu turno, Dakota Johnson, de Fifty Shades of Grey, investiu na Maude, que se define como uma marca de “bem-estar e saúde sexual”. Para além de sócia, a atriz é codiretora criativa na empresa.

Os números do mercado

Segundo adianta o jornal Público e de acordo com a Grand View Research, o mercado dos sex toys valorizou-se em cerca de 33,64 mil milhões de dólares. Outro estudo referido pelo jornal português, da autoria da Technavio, indica que o “mercado global de brinquedos sexuais deve crescer 9,83 mil milhões de dólares americanos” entre os anos de 2020 e 2024. A tendência já vinha em crescendo desde 2019 mas o crescimento recente não deve ser dissociado do contexto.

Lojas de sex toys: comprar vibradores nunca foi tão fácil

Para além dos factos já realçados, há vários outros motivos para as sex shops se apresentarem num bom momento na ressaca da pandemia da COVID-19:

  • Oferecerem discrição e privacidade aos seus clientes numa esfera tão íntima como a vida sexual;
  • A cada vez maior qualidade dos artigos vendidos pelas lojas;
  • O facto desses artigos já fazerem parte da rotina sexual de muita gente;
  • A variedade do catálogo, para todos os gostos;
  • A assistência prestada pelas lojas.

A pandemia da COVID-19 tem sido um período extraordinariamente crítico para todos. A nível de saúde, economia, trabalho, social, mas também na esfera íntima. As limitações à vida social, as restrições ao contacto físico e a necessidade de ficar longe daqueles de que mais gostamos tem marcado o nosso quotidiano ao longo do último ano e meio. Porém, a vida continuou.

Parte importante da vida, o sexo também continuou. Entre os casais e para os solteiros, todos tiveram de se reinventar. Isso passou por usar novas formas de contacto, satisfação e prazer sexual. Em muitos dos casos, foi sinónimo de recorrer a sex toys com maior ou menor pendor tecnológico. A essa circunstância juntou-se uma tendência já em crescimento que fez deste mercado um dos grandes triunfadores da pandemia. Aliás, neste caso, é caso para dizer que todos ganhámos…

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