Esperemos que seja um caminho longo e prolífico, o dos Club Makumba.
O Pérola Negra, no Porto, deu início à sua programação de abril com a atuação de uma das bandas do momento no panorama musical português, os Club Makumba. Um quarteto, mas que começou por ser duo com a parceria entre Tó Trips na guitarra e João Doce nas percussões, aos quais se viriam a juntar Gonçalo Prazeres no saxofone e Gonçalo Leonardo no contrabaixo/ baixo elétrico.
Quem já conhecia este projeto sabia que a diversão e a irreverência eram garantidas. Ainda assim, a sala do Pérola Negra ficou bem longe de estar lotada neste começo de abril. Poucos mas bons, que se deliciaram durante cerca de uma hora com as sonoridades e a energia da banda.
O seu primeiro álbum, de nome homónimo ao da banda, foi editado em finais de janeiro do presente ano, mas esteve durante dois anos estacionado devido à pandemia. A música dos Club Makumba vive de muitas influências, um exercício experimental bastante fluido numa mescla de sonoridades europeias e africanas. Sem voz, mas com uma expressão imensa.
O palco do Pérola Negra torna-se pequeno para tamanhos músicos que contagiam desde início com o seu primeiro tema do álbum Migratória. Tó Trips e Gonçalo Prazeres mais adiantados, sendo que o saxofone tem uma preponderância maior, como é exemplo disso temas como “Med Swing” ou “Crazy Lizard”. Contudo, o casamento entre todos os instrumentos é perfeito, o que intensifica toda a experiência e um ambiente de festa sempre em crescendo.
Esperemos que seja um caminho longo e prolífico, o dos Club Makumba, porque é, sem dúvida, música de celebração que todos precisamos, especialmente numa fase tão específica e invulgar que temos vivido.