Redução do tempo das viagens de comboio será um dos grandes objetivos também no Algarve

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Este ciclo de investimentos em eletrificação da ferrovia estará concluído até ao final de 2023 ou início de 2024, seguindo-se depois um novo ciclo, mais focado no passageiro.

“Hoje é um momento de festa. 100 anos depois, estamos a eletrificar a linha do Algarve”, disse o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, durante a cerimónia de assinatura do Auto de Consignação da Empreitada de Eletrificação da Linha do Algarve (Troço Tunes – Lagos), que decorreu em Lagos.

O Ministro referiu que esta iniciativa faz parte de “um conjunto muito importante de investimentos” que o país deve continuar a fazer, sobretudo numa região que tanto contribui para a economia nacional como é o caso do Algarve.

Entre os vários ganhos deste investimento – financiado por fundos europeus em 85% – Pedro Nuno Santos destacou a questão ambiental.

“O verdadeiro ganho ambiental é nós conseguirmos que as composições movidas a diesel deixem de circular no nosso País e que possamos ter comboios elétricos. E não tenhamos a menor dúvida que não há, do ponto de vista da eficiência energética e de ganho ambiental, qualquer comparação entre um meio de transporte movido a energia elétrica, por catenária, ou qualquer outro meio de transporte movido a bateria”, frisou.

Próximos investimentos em ferrovia

O Ministro disse também que este ciclo de investimentos em eletrificação da ferrovia estará concluído até ao final de 2023 ou início de 2024, seguindo-se depois um novo ciclo, mais focado no passageiro e que terá, “naturalmente, de passar pelo Algarve”. A redução do tempo das viagens será um dos grande objetivos.

Pedro Nuno Santos afirmou, contudo, que a ferrovia precisa ainda de “ganhar mais competitividade face ao automóvel” e que deverá ir além da eletrificação e do conforto.

A ligação das linhas ferroviárias portuguesas às espanholas e, no caso do Algarve, à Andaluzia, foi outro dos investimentos futuros referidos por Pedro Nuno Santos e que, conforme referiu, fazem parte “de uma grande ambição legitima e justa, que é ligar a linha do Algarve ao corredor mediterrâneo”.

Sobre a falta de material circulante, o Ministro destacou o trabalho feito pela CP, na recuperação de carruagens que estavam encostadas “um pouco por todo o país”, acrescentando que será ainda necessária a aquisição de mais 117 comboios.

Segundo Pedro Nuno Santos, esta será a “maior compra de material da história da CP e da ferrovia portuguesa” e cujo concurso já foi lançado.

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