Há quem queira reduzir em 80% a entrada de automóveis em Lisboa e na Área Metropolitana até 2048

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E há também quem tenha proposto a criação de “superquarteirões”, inteiramente pedonais.

Aconteceu, no passado fim de semana, a primeira edição do Conselho de Cidadãos de Lisboa, uma nova iniciativa que pretender os envolver os cidadãos na tomada de decisão de uma maneira não partidária.

Todos os cidadãos, com idade igual ou superior a 16 anos, são convidados a inscreverem-se para participar num dia de debate e de construção de propostas para Lisboa em torno de um tema específico, que será divulgado antes do dia.

Ao longo do ano, vão acontecer vários dias de debate com temas diferentes, em que os cidadãos terão a oportunidade de participar.

Como não é possível ter presencialmente todas as pessoas no debate, serão selecionados 50 cidadãos, por entidades independentes e imparciais. O sorteio permite que todos tenham exatamente a mesma oportunidade de participar. Este grupo de 50 pessoas selecionadas vai representar a população de Lisboa em termos de idade, nível de escolaridade, género, situação profissional e freguesia.

Assim, e de entre as 35 propostas que foram apresentadas este fim de semana, na primeira edição do Conselho de Cidadãos de Lisboa, destaca-se uma: reduzir em 80% a entrada de automóveis na cidade e na Área Metropolitana de Lisboa até 2048.

Neste momento, muitos podem rir desta proposta e achá-la desparatada, mas a verdade é que os munícipes presentes na iniciativa acreditam que tal é possível. Afinal, ainda faltam mais de 20 anos.

Para isso, diz o jornal Público, estes lisboetas consideram que se deve manter a gratuitidade dos transportes públicos para os mais jovens e os mais velhos, reforçar as carreiras de bairro, coordenar horários com os vários meios de transportes e, claro, otimizar a mobilidade sustentável – estamos a falar de mais ciclovias para bicicletas e trotinetes.

Os munícipes presentes no Conselho de Cidadãos de Lisboa propuseram ainda a criação de “superquarteirões” inteiramente pedonais, ou seja, de acesso exclusivo a peões, numa lógica semelhante ao que existe em Barcelona e que poderia ser aplicado, por exemplo, nos bairros de Alvalade.

Ouvidas as propostas, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse que as ideias iam ter seguimento e que, como tal, iriam ser nomeado “embaixadores” para dar seguimento ao desenvolvimento de ideias.

Resta saber, efetivamente, quais serão as propostas exequíveis para os próximos anos.

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