Quem tem por hábito comprar aqueles produtos tão “valiosos” ou específicos nos sites de vendas chineses ou dos EUA, sabe que, para que uma encomenda não fique retida na alfândega, o valor total não pode ultrapassar os 22€. Pois bem, as coisas vão mudar, e muito.
A partir de 2021, as compras de até 22€ deixam de estar isentas de IVA, pelo que passam, também, a ficar retidas na alfândega. E nós bem sabemos que, aquando do levantamento da encomenda, existem sempre taxas adicionais a pagar.
“A partir de 1 de janeiro de 2021, a atual isenção de IVA para compras até 22€ irá desaparecer. Para permitir a cobrança do IVA, todas as importações na UE deverão ser declaradas na fronteira usando uma declaração aduaneira eletrónica”, é a nota que se pode ler no site da Comissão Europeia.
O objetivo é tornar este processo bem menos burocrático e, de preferência, mais rápido. Quem tem por hábito fazer este tipo de compras sabe as dificuldades que os funcionários da alfândega colocam quando queremos levantar um produto. Pedem todo o tipo de documentos, e mesmo assim não chega, fazendo com que, muitas vezes, encomendas fiquem lá retidas para sempre.
Aliás, chega-se ao cumulo de existirem produtos oferecidos e, como tal, não existe uma fatura associada, e na alfândega exigirem esse documento. Não faz sentido.
Qual é a solução para escapar à alfândega a partir de 2021?
Pois, para estes países será complicado, a não ser que arranjem uma estratégia que impeça os produtos de ficarem retidos. Caso isso não aconteça, a solução é só uma: comprar tudo em armazéns europeus. Desta forma evitam-se dores de cabeça e o produto chega bem mais rápido a casa, se bem que o valor a despender acaba sempre por ser superior.
Em todo o caso, estas são péssimas notícias não só para lojas como Aliexpress e outras, como para pequenos comerciantes que colocam os seus produtos à venda em diversos marketplaces.
