Coimbra será a cidade anfitriã da Bienal Manifesta em 2028, marcando a estreia de Portugal neste evento europeu de arte contemporânea.
Em 2028, Coimbra será palco de um dos mais relevantes eventos de arte contemporânea a nível europeu. Pela primeira vez, Portugal acolherá a Bienal Manifesta, um acontecimento que se distingue pelo seu carácter itinerante e pelo impacto cultural que gera nas cidades anfitriãs.
A candidatura foi apresentada pela Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, uma iniciativa conjunta do Círculo de Artes Plásticas, da Câmara Municipal e da Universidade de Coimbra. Este consórcio desafiou a organização da Manifesta a desenvolver uma edição colaborativa, proposta que foi aceite graças à articulação entre o Governo, a autarquia e as entidades da região.
Mais do que uma exposição de arte contemporânea, a Manifesta assume-se como um espaço de reflexão interdisciplinar, abordando temas como identidade, diversidade cultural, migrações, ambiente e globalização. Um dos traços distintivos desta bienal é a forma como envolve ativamente as comunidades locais, incentivando o contacto directo entre artistas, população, decisores políticos e visitantes.
A proposta apresentada à Manifesta destacou dois pilares essenciais: o valor universal do património de Coimbra, classificado pela UNESCO, e a importância da preservação ambiental, com foco na floresta. O orçamento global do projecto ascende a 8 milhões de euros, sendo metade do montante assegurado pelo Estado, enquanto os restantes 50% serão mobilizados através de entidades locais, mecenas e patrocinadores.
Desde a sua primeira edição em 1996, a Bienal Manifesta percorre a Europa a cada dois anos, reinventando-se em cada cidade que a acolhe. Para Coimbra receber a 17.ª edição, os trabalhos de preparação irão iniciar já em 2026.
Foto: Berio Melina