Portugal está muito acima da média mundial na área do saneamento, diz ministro

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Temos uma estratégia para reaproveitar 20% das águas residuais tratadas nas 25 maiores ETAR do país até 2030″, afirmou o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.

Em Vila Real, no seminário Saneamento – Atividade Geradora de Recursos, que assinalou o Dia Mundial do Saneamento, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que Portugal “está muito acima da média mundial” na área do saneamento.

Durante a ocasião, Matos Fernandes salientou que “é absolutamente essencial para melhorar a qualidade da saúde pública no mundo que haja um muito maior cuidado com o tratamento dos esgotos”. O ministro realçou o “percurso extraordinário” percorrido por Portugal entre 1993, ano em que pouco mais de 25% das águas residuais eram tratados, e hoje, com 85%. “Passámos de 640 hepatites que se apanhavam bebendo a água da torneira em 1993 para zero no último ano. Por isso o que fizemos é, de facto, um trabalho de que muito nos orgulhamos”, acrescentou.

O Ministro disse também que é preciso encontrar um caminho para aplicar o que sobra nos sistemas, como as lamas das estações de tratamento de água (ETA), das lamas das estações de tratamento de águas residuais (ETAR), a própria água residual tratada nas ETAR.

“Não é um resíduo, é um produto. E temos de saber encontrar formas para sabermos aplicar esse mesmo produto. A água residual tratada é água para muitas aplicações, não é obviamente para beber ou para lavar os dentes, mas para regar um jardim, lavar uma rua, para fazer a rega de culturas permanentes e já existem experiências em Portugal em que isso acontece”, disse.

Num país com solos “tão esqueléticos”, com “tão pouca matéria orgânica” e “com uma parcela já tão grande em risco de desertificação”, “é essencial olhar para essas amas e não fazer delas lixo”, continuou o Ministro.

“Já está a ser feito, mas tem de ser aumentado naquilo que está a ser feito. Temos uma estratégia para reaproveitar 20% das águas residuais tratadas nas 25 maiores ETAR do país até 2030”, afirmou.

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