A garantia foi dada pelo Governo.
Em novembro do ano passado, o Livre propôs um passe ferroviário nacional, tendo essa proposta sido apresentada no Parlamento. Mas o ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que tal não seria possível.
“Na ferrovia, infelizmente, temos a nossa capacidade esgotada. Se amanhã tivéssemos preço zero, a capacidade de o transporte receber mais passageiros seria quase nula”, disse o então ministro em resposta ao deputado do Livre, Rui Tavares, durante a audição na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2023. Ou seja, não seria possível, imagine-se, implementar passes gratuitos, uma vez que não existem comboios suficientes a circular.
Pedro Nuno Santos referiu na altura que existem comboios totalmente cheios nos serviços de longo curso entre Porto e Lisboa, havendo ainda sobrelotação nas viagens dentro das regiões de Lisboa e do Porto.
Três semanas depois dessas declarações, tivemos uma uma novidade relativamente a esta proposta do Livre: o Governo comprometia-se a criar, até ao final de junho de 2023, um Passe Ferroviário Nacional para os comboios regionais, no valor de 49€/mês. Por outras palavras, a proposta do Livre foi mesmo aprovada no Parlamento.
Já se sabia que, primeiramente, este novo passe seria aplicado apenas nos comboios regionais, mas o objetivo é alargar às restantes categorias do serviço ferroviário. Entretanto, e já esta semana, o Ministério das Infraestruturas garantiu à Lusa que é mesmo isso que vai acontecer.
“A criação de Passe Ferroviário Nacional até ao final do primeiro semestre é uma das principais prioridades políticas”, indicou a tutela em resposta escrita. O passe terá um custo mensal de 49€, tal como já se sabia, e será “válido em todos os comboios regionais a circular na Rede Ferroviária Nacional”.
Até ao final do terceiro trimestre de 2023, o Governo terá de apresentar um estudo sobre os moldes em que o passe ferroviário nacional pode ser alargado às restantes categorias do serviço ferroviário.