Parque Tejo vai ficar preparado para receber grandes eventos, como concertos e festivais

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É bem provável que, muito em breve, o requalificado Parque Tejo comece a ser a casa de novos eventos.

Por estes dias, muito se tem dito sobre a construção do altar-palco que vai receber o Papa Francisco em Lisboa, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, a acontecer no mês de agosto.

No passado dia 25 de janeiro, em conferência de imprensa, a Câmara Municipal de Lisboa deu a conhecer o projeto do altar-palco da Jornada Mundial da Juventude, com nove metros de altura e capacidade para receber 2.000 pessoas – 1000 bispos + 300 concelebrantes + 200 coro + 30 linguagem gestual + 90 orquestra + convidados, staff e equipa técnica.

O projeto foi apresentado pelo vice-presidente, Filipe Anacoreta Correia, que afirmou que esta é uma estrutura que “não tem nada a ver com outro palco feito em Portugal”, ficando elevada em três plataformas. Estará equipada com dois elevadores para mobilidade reduzida e uma escadaria central para acesso de jovens ao palco, numa área de 5.000 m2.

A empreitada, salientou, terá um custo de 4,2 milhões de euros, atribuída por ajuste direto, em face da “excecionalidade do evento”, assegurando a “preocupação” por parte da autarquia no sentido de que o processo decorra de forma “mais transparente”.

“Foram feitas três consultas de mercado”, adiantou, “a primeira delas a sete empresas, com valores de propostas entre 4,4 milhões e 8,4 milhões de euros”.

Após o evento, que vai decorrer de 1 a 6 de agosto, o palco poderá ser “utilizado para futuros eventos” musicais e culturais. “A grande parcela de todo o investimento que é feito não se esgota, vai além do evento e fica no futuro da cidade”, revelou o autarca. E é por aqui que promotores pegam para justificar o evento.

É o caso de Álvaro Covões, da Everything is New, que, em declarações à Blitz (acesso pago), referiu estar a “ser feito em Lisboa um recinto preparado para receber grandes eventos e assim a área metropolitana passa aficar com duas opções: o Parque Tejo e o Passeio Marítimo de Algés”.

“Para um promotor e para o setor, é uma notícia fantástica. Um país que tem no turismo uma das suas principais indústrias tinha falta de espaços ao ar livre para grandes eventos de música. Assim, Lisboa e Oeiras passam a ser os dois concelhos com capacidade para receber grandes eventos. Os eventos têm um impacto económico relevante para o nosso país, e para quem trabalhar no setor, como a Everything Is New, este novo espaço é uma excelente oportunidade para desenvolvermos mais eventos”, referiu o promotor ao mesmo site.

Contudo, é pouco provável que o NOS Alive se mude para o novo recinto… pelo menos a curto prazo.

Do lado de Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, que desmentiu as notícias que vieram a público que referiam que o seu festival iria mudar-se para o Parque Tejo, disse à Blitz que “se Lisboa vai ter um espaço privilegiado para grandes eventos, claro que estamos disponíveis e muito interessados em conhecer o projeto, avaliar o espaço e contribuir no que for preciso”.

Mas, para eventos de música, o palco que receberá a visita do Papa Francisco terá de ser adaptado. “Eles já disseram que têm de mudar a estrutura, baixar o palco, etc. Devem estar a planear usar parte da estrutura. Uma coisa é fazer um palco para um concerto, outra é ter uma estrutura daquele tamanho, que claro que pode ser aproveitada, em parte, mas, com certeza, com algum tipo de adaptação”, confessou Roberta Medina.

Fica assim em aberto o novo recinto para a realização de grandes eventos. Talvez não será descabido pensar numa edição portuguesa do recém-anunciado festival brasileiro The View, que vai acontecer pela primeira vez este ano no Brasil. Ou então um novíssimo festival a surgir por parte da Everything is New, que em Portugal só tem mesmo a seu cargo o NOS Alive.

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