Palácio Ficalho abre renovado ao público ainda este mês

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O Palácio Ficalho, em Serpa, Monumento Nacional desde 2007, entra numa nova fase em 2021 com a abertura ao público a partir de 22 de maio. São quase 600 anos de história de um espaço mantido até hoje na mesma família, os Mello.

A vida renovada do Palácio Ficalho acontece em torno de três eixos – visitas, eventos e alojamento/residências – implementados de forma faseada. O primeiro, visitas guiadas (por marcação), avança agora, resultante de uma parceria com a Patrimonium.

O processo de recuperação começou ainda no século XX, pelas mãos de António Martim de Melo (1916-1990), 4º marquês de Ficalho, e sua esposa Maria das Dores Eça de Queirós (1918-2004, neta do escritor), quando o palácio e o seu jardim foram alvo de obras de restauro que valeram em 1984 o prémio do Institut International des Châteaux Historiques.

A história começa no século XV, quando João de Mello, futuro copeiro-mor do rei D. Afonso V, foi nomeado em 1442 fronteiro, e depois alcaide-mor, de Serpa, e senhor da Quinta de Ficalho. Por esta altura existia já uma edificação primitiva nas muralhas, onde ele e sua família residiram, razão pela qual o palácio é também conhecido como Casa do Castelo. Entre os mais notáveis descendentes está o botânico e literato Francisco Manuel de Melo Breyner (1837-1903), 4.o conde de Ficalho, membro do grupo Vencidos da Vida – ao qual pertenceu Eça de Queirós, seu amigo.

O palácio foi edificado na segunda metade do século XVII por vontade dos irmãos Pedro e Martim Afonso de Mello (m.1684), bispo da Guarda. O projeto arquitetócnico é atribuído a Mateus do Couto, Sobrinho (m.1696, sucessor de seu tio nos cargos de Arquitecto das Ordens Militares e Engenheiro Régio), que desenhara a Igreja do Salvador e os retábulos da Igreja de Santa Maria de Serpa, panteão dos Mello.

O edifício e seu conjunto é um dos melhores testemunhos de uma residência palaciana do século XVII português. O presente projecto exprime a vontade antiga de Matilde Maria de Mello e suas filhas de partilhar com o público um fascinante património material e imaterial.

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